Vermelhos só os sapatos. No clube, é verde desde pequenina, altura em que lá por casa não era raro cruzar-se com um Figo ou um Simão, ou ter à mesa um Cristiano Ronaldo. A culpa era do pai, Carlos Pereira, antigo jogador do Sporting, do Belenenses e do Estoril, durante muitos anos treinador em Alvalade, e do tio, Aurélio Pereira, responsável pela prospeção de novos talentos do Sporting.
«Ia ouvindo o meu tio e o meu pai sobre o modo até paternal como apoiavam os miúdos, e eu acho que guardei esses ensinamentos para mim, trouxe-os para a minha carreira».
«Assisti a muitas conversas entre o meu pai, o meu tio e o meu irmão, que também jogou futebol, e a tónica era colocada sempre nos aspetos mais técnicos do jogo. Isso trouxe-me uma perspetiva diferente da do adepto, e que acho mais interessante. Ainda hoje assisto a muitos jogos, não só da liga portuguesa, mas também das ligas inglesa, espanhola, italiana... Tenho gosto pelo desporto, apesar de ter o meu clube de eleição e gostar mais de ganhar do que de perder», diz.
Rita conviveu também com o outro lado do futebol. «O meu tio descobriu imensos jogadores. Falava-se muito disso, sobre como gerir a carreira de um miúdo com talento, aliciado de tantas formas. Há muitos paralelismos com o mundo do espetáculo: como lidar com a exposição, como lidar com a frustração… Eu ia ouvindo o meu tio e o meu pai sobre o modo até paternal como apoiavam os miúdos, e eu acho que guardei esses ensinamentos para mim, trouxe-os para a minha carreira».
E sobre o jogo jogado, há dúvidas? Sabe o que é um fora de jogo? «Sei perfeitamente. Às vezes não é fácil de ver, mas acho que até vejo um bocadinho melhor do que muitos árbitros».