Feminista assumida e desejosa de que todos, homens e mulheres, o sejam também «até que deixe de ser preciso», Rita Redshoes considera grande a responsabilidade de ser mãe de uma menina. O mundo, diz, tem ainda um longo caminho a percorrer em relação à igualdade de tratamento e de oportunidades. «E isto só na sociedade ocidental, em particular na europeia. Se formos para outras geografias, nem se fala!».

Rita Redshoes considera que o mundo tem ainda um longo caminho a percorrer em relação à igualdade de tratamento e de oportunidades.
Conforme refere, as mulheres, só pela condição de serem mulheres, defrontam-se com múltiplos obstáculos e dificuldades que, em muitos campos, lhes podem toldar o movimento. O machismo e o preconceito existem, e também entre as mulheres.
Por esse motivo, quer passar à filha os valores da autonomia e da independência, «mas ao mesmo tempo a estar disponível para o outro, a aceitar as diferenças entre homem e mulher como uma mais-valia, não como uma luta entre géneros». São, defende, ideias essenciais «para que cresça a autorrespeitar-se e a respeitar o próximo, sem julgamentos».
A sua responsabilidade é grande, mas, no fim das contas, reconhece, não é maior nem menor que a das mães de meninos. «Também elas têm um trabalho importante a fazer nessa luta. Os rapazes nascem privilegiados em algumas áreas, e cabe às mães e aos pais dar-lhes essa consciência e incutir-lhes cedo um sentido de solidariedade para com as mulheres».