«Gosto que as músicas tomem conta de mim, que venham de um sítio que não sei bem explicar qual é e se assumam como uma entidade. Quando isso acontece, é muito bom sinal». Já o contrário é sinónimo de reticências e insegurança no resultado, diz Rita Redshoes, que fala sobre a importância da intuição na génese criativa.
A cantautora defende que na música, como em qualquer outra área criativa, é bom estudar e ter ferramentas. «Mas q.b. Não queremos cair na tentação, ou no erro, de nos tornarmos demasiado técnicos e adquirimos uma visão muito compartimentada das coisas». O risco, assegura, é o da perda da ingenuidade, e isso é inconcebível para Rita. Há um trabalho óbvio de prática, de experimentação, de repetição, «mas muitos autores e criadores é só nisso que acreditam, não acreditam propriamente na inspiração. Eu acredito. Acho que há dias mais felizes do que outros, e só temos de estar disponíveis».