Maria do Céu Guerra nunca se sentiu uma atriz de cinema. Participou em seis filmes, gostou de fazê-los, mas não deseja fazer mais. «Não estou a precisar nada de fazer cinema. Deixem-me cá no teatro. O teatro é um mundo muito grande», diz a premiada atriz.
O primeiro filme em que participou, em 1973, “O Mal-Amado”, de Fernando Matos Silva, deu-lhe um «prazer enorme». Também gostou imenso de interpretar Rosa, no filme de António Pedro Vasconcelos “Os Gatos Não Têm Vertigens”, em 2014. «Dificilmente me voltariam a convidar para fazer um papel tão giro e agradável», acha.
O cinema não chegou a tornar-se a sua arte. «Quando se faz um filme de cinco em cinco anos, é sempre como começar de novo, o que é cansativo e inquietante», explica. Maria do Céu Guerra prefere a energia do teatro, que diz ser completamente diferente da energia de um ator de cinema ou de televisão. «O teatro é o corpo. O ator de teatro é de corpo inteiro, temos de dar o corpo todo às balas». Ela gosta disso.