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5 dezembro 2024
Texto de Aline Guerreiro | Arquiteta Texto de Aline Guerreiro | Arquiteta

Edifícios saudáveis

​​​​​​​​​​​​​A saúde também é influenciada pelo ambiente interior e pelos materiais usados na construção.​

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Já pensou que é dentro dos edifícios que passamos 90% do nosso tempo de vida? Salvo algumas exceções, só de noite, passamos 50% desse tempo, a descansar. E o resto do dia estaremos a trabalhar, provavelmente, dentro de um edifício. Se é verdade que os edifícios são indispensáveis à vida, é igualmente verdade que são responsáveis por algumas doenças bem conhecidas do quotidiano. Está cientificamente provado que a má qualidade do ar interior pode ser responsável por patologias do foro respiratório, doenças mentais, dores de cabeça, náuseas, fadiga, baixa produtividade, ou, até, o tão famigerado cancro...

Mas não só. Também o conforto térmico e a iluminação, por exemplo, desempenham um papel fundamental na classificação de edifícios saudáveis.

Como em quase tudo, cada um de nós pode tomar medidas para que os edifícios sejam mais saudáveis. Para tirar partido do sol e do vento para obter conforto térmico, deveremos, no inverno e quando há sol, deixar que este penetre no interior através do vidro das janelas, forma mais natural de aquecer o espaço interior. Já na estação quente deve abrir-se as janelas em facha- das opostas, para permitir a ventilação natural. Maximizar a luz do dia e selecionar aparelhos de iluminação de alta qualidade são algumas medidas para uma iluminação inócua. A baixa qualidade do ar é, geralmente, causada pela falta de ventilação, poluição externa, contaminantes biológicos, mas principalmente por contaminantes químicos de fontes internas, ou seja, pelos materiais de construção utilizados.

Alguns exemplos:
  • Os compostos orgânicos voláteis (COV), substâncias que se transformam em gás quando entram em contacto com a atmosfera, geralmente emitidos por produtos como tintas e vernizes, revestimentos de parede, colas e adesivos, e até produtos de limpeza, causam alergias cutâneas, irritação dos olhos ou das vias respiratórias, dores de cabeça, e mesmo falta de ar e perda de memória;
  • A inalação de formaldeído, presente em compostos de madeira, painéis de aglomerado, contraplacado e MDF, pode causar irritação dos pulmões, olhos, pele, nariz e mucosas, bem como dermatite, asma e rinite.

A legislação nacional proibiu, por exemplo, o amianto, e prevê baixos níveis de COV em alguns compostos, mas ainda há muito a fazer. Todas as manhãs, promova a renovação do ar da sua casa, através de meios naturais. Basta manter todas as janelas abertas dez minutos por dia para que o ambiente se torne mais saudável.
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