Em Estremoz e Vendas Novas, as farmácias mantêm uma tradição rara no panorama nacional: fecham para férias. Paula Carapeta e Sá, diretora técnica da Farmácia Carapeta, em Estremoz, recorda que no tempo do seu pai, Vítor Carapeta, cada uma das quatro farmácias da cidade fechava durante um mês inteiro. «Fechavam mesmo», sublinha. O entendimento entre as farmácias locais tem raízes antigas e, adianta, já foram abordados por farmácias de outras localidades que querem saber como replicar o exemplo.
Com o passar dos anos, o modelo foi-se adaptando. «Depois passaram a fechar duas a duas farmácias e, neste momento, estamos a fechar duas a duas, mas já só por 15 dias, em virtude de o movimento também ser maior». Mesmo encerrando num período mais reduzido, esta organização praticamente inédita tem a virtude de facilitar muito a gestão de férias da equipa.
«Facilita muito as férias aos colaboradores», comenta Paula Carapeta e Sá, «e sabemos que, atualmente, é ao tempo que as pessoas dão mais valor». Também para a diretora técnica a paragem é essencial, já que lhe é «impossível estar de férias com a farmácia a trabalhar e não estar ligada a ela». Com este entendimento, conclui, «conseguimos fechar e descansar todos».