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2 fevereiro 2023

Borbulhas e comichão

​​​​​A varicela é uma doença altamente contagiosa, transmitida através de gotículas respiratórias da criança infetada ou pelo contacto direto com o líquido das vesículas da pele.​

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O período de incubação da doença (tempo que decorre entre o momento da infeção da uma pessoa e o aparecimento dos primeiros sintomas) pode variar entre dez e 21 dias.

Em populações não vacinadas, é uma doença comum na infância e habitualmente benigna. A maioria dos casos ocorre antes da adolescência. 

No entanto, pode evoluir para doença grave, quer associada a sobreinfeção bacteriana (infeção da pele, por exemplo), quer associada ao próprio vírus.
 
A varicela não apresenta grande variação sazonal, pelo que pode surgir em qualquer altura do ano. Ainda assim, tem um pico de incidência nos meses de março a maio. É uma doença que implica ausência escolar obrigatória.

SINTOMAS
Os primeiros sintomas podem ser febre, dor de garganta, dor de cabeça ou recusa alimentar, seguidos de lesões dispersas pelo corpo.

As lesões são inicialmente pequenas borbulhas, seguidas de vesículas com líquido transparente. Estas acabam por romper e secar, ficando pequenas crostas com rebordo avermelhado. A mesma criança pode ter lesões em todas as fases descritas.

A evolução das lesões é muito rápida. Surgem tipicamente no couro cabeludo, na face e no pescoço, com progressão para o tronco e os membros. Podem atingir ainda as mucosas oral e genital.

A comichão é o sintoma que pode causar mais desconforto.

O diagnóstico tem de ser clínico, pela observação da criança no pediatra ou médico assistente, para valorização das lesões típicas com atingimento do couro cabeludo e dos genitais.

A duração da doença é habitualmente de uma semana.

De um modo geral, a avaliação laboratorial não é necessária.

TRATAMENTO
Devem ser tomados os cuidados de higiene gerais, como lavar frequentemente as mãos e cortar as unhas, pelo risco de sobreinfeção das lesões. Pode ser necessário recorrer a anti-histamínico (para a comichão) e a antipirético (para a febre). Aqui destaco a importância de optar pelo paracetamol – não deve usar ibuprofeno. Em casos muito específicos determinados pelo médico pediatra, pode também ser necessária a toma de antivírico.
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