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5 setembro 2022

Testar para prevenir

​​​​​​​​Conheça os exames importantes até aos dois anos de idade.​

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Os testes de rastreio em idade pediátrica permitem a deteção precoce e o acompanhamento de situações que possam afetar a saúde da criança. Até aos dois anos de idade, é indispensável realizar os seguintes rastreios:

“TESTE DO PEZINHO”
O Programa Nacional de Rastreio Neonatal (conhecido como “teste do pezinho”) permite identificar doenças, quase sempre genéticas, que podem beneficiar de tratamento precoce. A colheita realiza-se nos hospitais e centros de saúde, por picada no calcanhar, idealmente entre o terceiro e o sexto dia de vida. Mesmo que tardiamente, a colheita deve ser sempre executada. A análise é gratuita e suportada pelo Serviço Nacional de Saúde.

RASTREIO AUDITIVO NEONATAL UNIVERSAL
A normal audição é essencial para desenvolver a fala e a linguagem oral, e influencia decisivamente o prognóstico do desenvolvimento cognitivo e social da criança. Assim, é fundamental identificar todas as crianças com perda auditiva antes dos três meses e iniciar a intervenção até aos seis meses de idade. Os bebés devem ser rastreados nos primeiros dias de vida (no máximo até aos 30 dias).

A perda auditiva pode ser adquirida após o nascimento, sendo aconselhável manter a vigilância nos primeiros anos de vida. As crianças que apresentem risco de surdez, mesmo com rastreio normal, devem ser seguidas em consulta de especialidade até à idade de aquisição da linguagem.

RASTREIO DE DISPLASIA DO DESENVOLVIMENTO DA ANCA (DDA)
A DDA é a deformidade musculoesquelética congénita mais comum em idade pediátrica. Alguns fatores de risco são a apresentação pélvica no canal de parto, história familiar de DDA, o género feminino, primeiro parto, presença de torcicolo congénito ou anomalias congénitas dos pés. De forma geral, quando detetada e orientada precocemente, a DDA tem evolução favorável e boa recuperação funcional. A Sociedade Portuguesa de Ortopedia Pediátrica defende a realização de ecografia às seis semanas de vida e radiografia após os quatro meses de idade, a todas as crianças com evidência clínica de instabilidade da anca ou fatores de risco para a DDA.

AVALIAÇÃO DE SAÚDE VISUAL
Este rastreio tem como objetivo identificar todas as crianças com alterações oftalmológicas capazes de provocar ambliopia, ou seja, diminuição da acuidade visual. Atualmente, o rastreio é realizado nos centros de saúde. São convocadas todas as crianças no semestre em que completam dois anos de idade. Num segundo momento, são rastreadas aos quatro anos todas as crianças que não realizaram o rastreio dos dois anos, as que, tiveram um primeiro rastreio negativo, e as que tendo tido um rastreio positivo, a causa de ambliopia não se confirmou no exame realizado por oftalmologista. As crianças com identificação de alterações são encaminhadas para consulta hospitalar de oftalmologia.
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