O sol é essencial na síntese de vitamina D, fundamental para o fortalecimento dos ossos e o crescimento saudável das crianças. Como a pele destas é mais fina, frágil e mais sensível, e os mecanismos que a defende das radiações são, ainda, imaturos, o risco de queimaduras é maior. Também o mecanismo de regulação da temperatura do corpo não está totalmente formado nos primeiros anos de vida, o que torna as crianças mais sensíveis às variações de temperatura e à desidratação.
Por isso mesmo, os bebés com menos de 12 meses não devem ser expostos diretamente ao sol, o seu lugar é à sombra. E sempre com protetor solar. É também à sombra que todas as pessoas, incluindo as crianças, devem ficar entre as 11h e as 17h, período de maior intensidade da radiação solar.
Quando a exposição direta passa a ser possível, deve sê-lo apenas em curtos períodos de tempo e sempre com proteção solar adequada. O uso de protetor solar tem de ser uma rotina diária quando a criança sai de casa: para ir para o infantário ou o jardim. Não é apenas para ir à praia.
Para ter a segurança de escolher o protetor solar adequado, peça ajuda na sua farmácia. O que deve ter em conta para escolher o protetor e manter as suas crianças protegidas:
- Oferecer proteção contra os raios ultravioleta B (UVB) e A (UVA);
- Fator de proteção solar elevado (FPS 50+);
- Ser aplicado 30 minutos antes da exposição solar, seja na praia ou noutros locais de atividades ao ar livre, mesmo que esteja nevoeiro ou nebulado;
- Não esquecer a pele não exposta (por baixo do fato de banho). Dar atenção aos lábios, orelhas, mãos, pés, zona atrás dos joelhos, ombros e pescoço. A aplicação deve ser repetida de duas em duas horas, ou sempre que a criança molhar a pele no mar ou na piscina, ou transpirar muito;
- Estar adaptado ao estilo de vida das crianças: o produto deve resistir à água e à transpiração. Ser visível na aplicação tem a vantagem de nenhuma zona do corpo ficar esquecida;
- A fórmula deve ser hipoalergénica, sem álcool e testada sob controlo dermatológico. Dê preferência a protetores físicos, que parecem deixar uma película esbranquiçada na pele;
- Estar adaptado ao tipo de pele da criança: se a pele for muito clara ou facilmente reativa, opte por um protetor especialmente desenvolvido para peles intolerantes;
Para além dos cuidados descritos, é importante o bebé ter um chapéu de abas largas que garanta sombra nos olhos, nariz, orelhas e nuca. Se possível, deve manter roupa que cubra uma área maior de pele e incentivar o uso de óculos de sol, com proteção UV igual ou superior a 99%.
Não menos importante é promover a ingestão de líquidos. Mesmo que a criança resista ou não pareça ter sede, é importante insistir, para prevenir a desidratação.