Toy é um confesso apaixonado por Teologia, mas diz viver uma relação muito particular com a religião: «Não tenho nenhuma, faço uma apreciação à distância».
O«curioso fascínio» pela Teologia vai sendo saciado por leituras e debates com amigos de vários credos, «inclusive um ex-bispo, com quem tive longas conversas. Esgrimíamos argumentos, e o que ele nomeia de Deus, eu nomeio de Amor». Uma diferença que, segundo diz, continua a dar sentido às «metáforas usadas pela Igreja. Por exemplo, quando afirma que somos todos filhos de Deus, para mim somos todos filhos do Amor».
Mas este, alerta Toy, é o seu modo próprio de ver as coisas. «Jesus, para mim, foi um homem extraordinário. Como o foi Mandela ou Gandi. Todos sofreram em benefício de terceiros, de uma sociedade. Todos tiveram uma luta social. E todos são eternos, porque os seus princípios, talhados no seu exemplo, não morrem», defende o músico. «Este é o meu pensamento. Não exijo nem peço que pensem como eu. Somos o que somos e eu tenho a certeza de que não faço mal a ninguém, tenho a certeza de que quero o benefício dos outros, preocupo-me em ser solidário, e os valores, para mim, são o mais importante».