A carreira de Toy espelha um autêntico caudal criativo de músicas e letras, cujo gatilho original o autor diz não conseguir explicar. «Para mim, na música, é tudo muito fácil, muito intuitivo. Ouço uma canção, pego na guitarra e toco. Construo, aqui já, uma canção em cinco minutos. As coisas saem-me facilmente, mas com uma vontade…».
Escrever letras não era o seu forte. Julga que onde se distinguia era na construção de melodias. Mas, sendo a necessidade a mãe de todo o engenho, como afirma que não tinha ninguém que escrevesse para si, começou ele próprio a fazê-lo. «Acho que me habituei. Hoje há quem considere que escrevo muito bem. Eu, por acaso, também acho que estou a escrever muito bem neste momento».
É capaz de decorar, em pouquíssimo tempo, o nome das pessoas que constituem uma comissão de festas, característica de enorme utilidade no campeonato das simpatias. «Normalmente são 12, 20. Há dias eram 70. No meio do concerto, pego na guitarra e, de improviso, sem rede, faço uma canção com todos os 70 nomes. O efeito é brutal! Não conheço mais ninguém que o faça», assim como desconhece como o faz. «Acho que quem tem vontade e intuição, vai lá. Por exemplo, vou fazer um poema». Aponta para os elementos da equipa de reportagem, refrescando, em voz alta, os nomes na memória: «A Carina, o Rodrigo e o Pedro». Antes do fim de um minuto, dispara. Veja o resultado no vídeo.