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3 agosto 2023
Texto de Carina Machado Texto de Carina Machado Fotografia de Pedro Loureiro Fotografia de Pedro Loureiro

Uma visão sobre a política

​​​​Toy diz-se cético acerca da atual construção do mundo e assume-se guerreiro da mudança.​

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​António Ferrão, conhecido pelo público como Toy, é um homem de opiniões vincadas relativamente ao modo de se fazer política atualmente, e à forma como isso ecoa na sociedade em permanente construção. «Diz-se que vivemos em democracia, e eu sou muito cético em relação a isso. Esta “democracia” corta o pensamento, o que cinge a liberdade». 

Entre as muitas dúvidas que tem sobre o modo como é feita e influenciada a tomada de decisão pelos políticos eleitos, Toy tem duas certezas: «Acredito que é preciso investir mais nas pessoas, na cultura, na educação, e menos em aviões e automóveis. Cada um de nós é uma partícula importantíssima numa sociedade, que se quer educada e culta, para ser evoluída». 

O músico recorda que durante a pandemia, foi a Cultura que alimentou as pessoas que estavam em casa. «Foi o teatro, o cinema, a literatura, a música... Nesses dois anos, quem ainda não o tinha conseguido, percebeu a falta que a Cultura faz. Agora é preciso ser consequente. Nós, figuras públicas com voz ativa, temos a responsabilidade de ajudar a que a Cultura continue a ser o alimento fundamental do espírito das pessoas, porque um Estado que não se preocupa em investir numa sociedade educada e culta, é como um pai que não educa os filhos. Mais: se não houver cultura, não há identidade, e um país sem identidade não existe».

Para Toy é evidente que «O discurso fácil ganha votos, e por isso alguns políticos dizem aquilo que as pessoas querem ouvir. Mas não é assim que se educam os filhos, a dar-lhes tudo aquilo de que eles gostam. É preciso dar-lhes aquilo de que eles precisam, as ferramentas certas para enfrentar a vida».
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