O trabalho de Michelle na Associação Portuguesa Contra a Leucemia passa muito pela passagem de testemunho. «Uma das maiores satisfações da vida». Há tempos fizeram um trabalho na Associação cujo tema era “Eu igual a Eu”. Um encontro entre doentes que Michelle compara à situação de se estar no estrangeiro e se encontrar um português. “Quando um doente encontra alguém com leucemia mielóide crónica, sobretudo numa fase que já superou a fase crítica da doença, e tem um testemunho positivo para dar, dá-se o encontro do Eu igual a Eu.» As pessoas identificam-se, trocam experiências e nesse aspecto estes encontros são bastante positivos. «Na medida em que a pessoa está a ultrapassar aquilo, que já ultrapassámos e possamos ajudar a dar a volta, com uma energia mais positiva e uma perspectiva de sucesso maior». Por outro lado, para quem já esteve do outro lado do espelho «é gratificante poder oferecer ao próximo aquilo que não se teve.»