Para Michelle Búrigo a primeira coisa que se deve fazer com um doente de leucemia ou qualquer outro tipo de cancro é dar-lhe toda a informação necessária. «Dar informação sobre a doença, sobre condições e expectativas de vida. E também que tipo de apoio social e governamental a pessoa poderá ter.»
Estamos em 2018 e a advogada ainda é apanhada com perguntas absurdas do género: «Tem o quê? E pega-se? A partir do momento em que sou confrontada com uma pergunta destas, só posso acreditar que o cancro ainda é um tabu.» E na viragem deste jogo a informação é essencial. «Não só para o paciente, como para os familiares e toda a sociedade.» Uma sociedade informada segundo Michelle convive melhor com a realidade. Às vezes, muito dura.