Não fosse o nascimento de Leonor e de Catarina, provavelmente Michelle continuaria até hoje a andar com o glivec dentro da mala. Não planeada, a primeira gravidez foi sobressaltada. «A partir do momento em que decidi levar a gravidez e o glivec para a frente sempre tive o apoio e reticências dos médicos. Do género vamos lá ver como isto corre, mas estamos juntos». Em 2008 Leonor acabaria por nascer «perfeita e maravilhosa.» Talvez esse presente da vida lhe tenha dado o ânimo necessário para programar nova gravidez. A Catarina nasceria três anos depois, em 2011. Hoje com sete anos sabe que a mãe tem uma doença no sangue, apesar de Michelle não se ter alongado em questões técnicas. Com uma consciência maior Leonor não só apoia a mãe a 100% como lhe faz todas as perguntas que lhe passam pela cabeça. «É uma criança perfeitamente consciente do que é a leucemia mielóide crónica».