A Farmácia da Lajeosa, em Lajeosa do Dão, concelho de Tondela, reabriu na quarta-feira 19 de Junho, depois de ter ficado destruída nos incêndios de Outubro de 2017. As novas instalações situam-se a cerca de 400 metros de distância das anteriores.
A inauguração foi presidida por Marcelo Rebelo de Sousa, que aproveitou a ocasião para sublinhar a importância das «farmácias por todo o país, sobretudo naqueles "portugais" que são, muitas vezes, mais esquecidos por quem vive naquele Portugal que aparece mais vezes na televisão, rádio e jornais».
«É fundamental que a saúde esteja presente nesses ‘portugais’ esquecidos. Sobretudo num país como o nosso que, infelizmente, ainda continua a envelhecer», sublinhou o Presidente da República.
Considerando que «uma das conquistas do 25 de Abril é precisamente a saúde, que envolve o SNS e outros também empenhados na saúde», o Presidente da República reiterou a importância da farmácia na vila de Lajeosa, assim como a extensão de saúde, inaugurada em 2008. «Esta extensão é uma garantia para todos, mais novos e mais velhos. É fundamental para não termos mais do que já existe, portugueses de primeira, de segunda, de terceira e de quarta….».
Antes de Marcelo Rebelo de Sousa falou o director-técnico e proprietário da farmácia, Hugo Ângelo, visivelmente emocionado pela abertura do novo espaço, que coincidiu com o primeiro aniversário da sua filha Beatriz. «Este aniversário é um sinal de vida e de futuro», reiterou o Presidente da República, durante a cerimónia.
Já o farmacêutico agradeceu «todo o apoio» que recebeu desde Outubro de 2017 e fez um agradecimento especial à sua equipa: «Desculpem se fui demasiado exigente, vocês são a melhor equipa que podia ter», disse Hugo Ângelo, emocionando as farmacêuticas e técnicas da Farmácia da Lajeosa.
Em menos de 24 horas após o incêndio que devastou a região Centro do país e queimou completamente a farmácia, o proprietário e a equipa reabriram portas provisoriamente nas instalações da Junta de Freguesia.
As novas instalações da farmácia envolveram um investimento de cerca de 450 mil euros, dos quais 194 mil serão reavidos com o programa Repor, que visa apoiar as empresas destruídas pelos incêndios.