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31 outubro 2017
Texto de Irina Fernandes Texto de Irina Fernandes Fotografia de Pedro Loureiro Fotografia de Pedro Loureiro

Ministro elogia reabertura em 24h de farmácia que ardeu

​​Farmácia da Lajeosa serve os utentes em instalações provisórias.

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​«A Farmácia da Lajeosa revela bem como os portugueses são perante a adversidade», disse esta terça-feira, Adalberto Campos Fernandes em visita à Farmácia da Lajeosa, na freguesia de Lajeosa do Dão, concelho de Tondela, atingida por incêndio há duas semanas. 

O governante deslocou-se à região Centro, nomeadamente a Viseu e Vouzela, para testemunhar os efeitos dos incêndios florestais. No terreno, Adalberto Campos Fernandes elogiou a actuação rápida da Farmácia da Lajeosa que, em menos de 24 horas, voltou a disponibilizar à população acesso a medicação e cuidados farmacêuticos.

«Face a esta circunstância terrível da farmácia ter ardido, o que é que aconteceu? Em 24 a 36 horas foi possível a população ter respostas, cobertura e satisfação de necessidades de cuidados farmacêuticos», afirmou. O ministro agradeceu a concertação de esforços do proprietário e director-técnico, Hugo Ângelo, da Junta de Freguesia de Lajeosa do Dão, da Ordem dos Farmacêuticos e da Associação Nacional das Farmácias. 

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​No terreno, o ministro da Saúde frisou a coragem e determinação da equipa de profissionais de saúde que, rapidamente, se mobilizaram para que nada faltasse aos utentes do concelho. «A Farmácia da Lajeosa é um exemplo bem revelador de como os portugueses são quando confrontados com a adversidade. Enquanto ministro da Saúde, este é mais um motivo de orgulho. Quando precisamos uns dos outros, estamos cá e respondemos bem».

O proprietário da farmácia, o farmacêutico Hugo Ângelo, mostrou-se grato pela visita, que disse encarar como um «reconhecimento». «É um dia importante para nós, uma vez que é o reconhecimento de que houve aqui uma situação difícil que se conseguiu ultrapassar com o apoio de todos. O facto de vir cá o ministro da Saúde é sinal de que não estamos esquecidos, o que é importante para nós. Foi uma situação muito complicada, perdemos a farmácia», realçou.


A actuação rápida de resposta «não poderia ter sido feita de outra forma», defendeu ainda Hugo Ângelo. «Temos uma responsabilidade social de fornecer medicamentos à população. O nosso caso foi um entre muitos outros. As pessoas precisam do nosso apoio e, por isso, tínhamos de funcionar rapidamente».

Paulo Cleto Duarte, presidente da ANF, enalteceu a resposta social das farmácias numa altura em que o país vive «uma situação difícil». «Era preciso que as pessoas que perderam muito ou tudo tivessem condições de tomar a sua medicação. É um dia especial para o país e para as farmácias. Esta é a nossa natureza: procurar soluções concretas para pessoas reais. A vinda do Governo aqui hoje reforça esse caminho», declarou, revelando que «agora há que cuidar das populações mais carenciadas, que não conseguem adquirir os medicamentos e, portanto, a Associação Dignitude e o Programa Abem estão no terreno a reunir-se com as autoridades locais, a procurar encontrar formas» de as pessoas poderem ter os medicamentos na farmácia sem os pagar.

A funcionar em regime provisório na sede da Junta de Freguesia de​ Lajeosa do Dão, a Farmácia da Lajeosa presta serviço a uma população de 2.700 habitantes.