«Recuperar os costumes e as tradições de uma terra é preservar a sua identidade», diz Fábio Espanhol, enfermeiro apaixonado pela etnografia e o folclore do concelho de Vila Franca de Xira, onde reside desde criança.
Fábio Espanhol entrou no Rancho Folclórico da Casa do Povo de Arcena com dez anos
Fábio pertence ao Rancho Folclórico da Casa do Povo de Arcena, um colectivo fundado em 1979 e que, desde então, tem desenvolvido um trabalho de levantamento das memórias perdidas de uma bisavó e de trisavós, que vão desde fotos, fatos e alfaias, a cartas de amor e blocos com letras de canções anotadas.
O levantamento de memórias reflecte-se em todos os pormenores com que o grupo se apresenta ao público
O espólio é apresentado num pequeno espaço expositivo na Casa do Povo da vila, aberto à visita do público, e em quadros etnográficos representados pelos elementos do Rancho. Podemos ver um presépio vivo no Natal, no arranque do ano as Janeiras, o “enterro do chouriço” no Carnaval, as procissões, as vindimas, a apanha da azeitona, os pregões.
O grupo etnográfico apresenta diversos quadros etnográficos ao longo do ano
«Há quadros etnográficos ao longo de todo o ano, além das festas e dos festivais onde participamos e do nosso próprio festival», descreve o enfermeiro com visível orgulho. «Temos algum reconhecimento, somos um dos grupos de referência do concelho de Vila Franca e mesmo do Ribatejo», afirma.
