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9 novembro 2020
Texto de Sandra Costa Texto de Sandra Costa

Pfizer anuncia vacina com 90% de eficácia

​​​​​​​​​​Poderão ser produzidas 50 milhões de doses ainda este ano.

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A farmacêutica norte-americana Pfizer anunciou, dia 9 de Novembro, que a vacina que está a desenvolver em parceria com a empresa alemã de biotecnologia BioNTech revelou ter uma eficácia de 90% na prevenção das infecções do novo coronavírus. As conclusões referem-se à terceira fase de ensaios clínicos, iniciada a 27 de Julho e ainda a decorrer, e a última antes do pedido de homologação por parte das autoridades de Saúde. 

Participaram nesta terceira fase 43 538 pessoas. O estudo foi realizado depois de 94 participantes terem sido diagnosticados com Covid-19, analisando-se a quantos destes participantes foi administrada a vacina ou um placebo. Foram administradas duas doses da vacina aos participantes, com cerca de três semanas de intervalo. De acordo com a Pfizer, os resultados preliminares revelaram que aqueles que receberam a segunda dose desenvolveram anticorpos contra o novo coronavírus sete dias após a inoculação. 

«Hoje é um grande dia para a ciência e para a humanidade. O primeiro conjunto de resultados da nossa terceira fase de ensaios da vacina contra a Covid-19 mostra evidências iniciais da capacidade da nossa vacina em prevenir a Covid-19», congratulou-se Albert Bourla, presidente da Pfizer, em comunicado​.

A Pfizer espera poder avançar com o pedido de aprovação de emergência da vacina perante as autoridades de Saúde norte-americanas até ao final de Novembro, depois de ultrapassado o período de dois meses de confirmação da segurança da vacina, um requisito das autoridades norte-americanas. A expectativa é que a vacina, denominada BNT162b2, comece a ser produzida ainda este ano, com 50 milhões de doses, número que deverá atingir 1,3 mil milhões de doses em 2021. 

O anúncio foi recebido com satisfação geral, mas diversos peritos aconselham prudência, uma vez que os dados divulgados não foram revistos pelos pares nem publicados em nenhuma revista científica. «Não tendo sido publicado qualquer dado sobre este resultado, pede a prudência que o anúncio feito seja considerado uma manobra de marketing para tentarem colocar-se na frente da corrida para a descoberta de uma vacina eficaz”, referiu António Vaz Carneiro, director Centro de Estudos de Medicina Baseados na Evidência da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, citado pelo jornal Expresso. 
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