Brincar é um direito fundamental de todas as crianças, imprescindível para um crescimento saudável e feliz.
Apesar de parecer ser apenas uma questão de bom senso (que o é, na verdade), actualmente existe bastante investigação relativamente à importância do brincar no desenvolvimento das crianças. Este é um processo que assenta, basicamente, no estabelecimento de relações afectivas e apropriadas com os outros e com o mundo que rodeia a criança, pelo que a forma mais correcta e genuína disso acontecer é mesmo através das brincadeiras. Só assim se consegue alcançar o bem-estar físico, intelectual, social e emocional de que todas as crianças precisam para atingir o seu potencial e, acima de tudo, ser felizes.
É certo que existem algumas dificuldades no dia-a-dia, nomeadamente a falta de tempo dos pais ou das crianças (entre escola e actividades extracurriculares, nem sempre sobra muito tempo disponível) e o facto de muitos pais não saberem como brincar com os filhos. No entanto, aqui ficam algumas reflexões que devem ser levadas bem a sério por todas as pessoas que lidam com crianças:
- A brincadeira livre e não estruturada (ou seja, não dirigida pelos adultos) é uma componente essencial e saudável da infância
- O brincar activo (em detrimento do entretenimento passivo) é muito mais agradável para todos e muito mais importante para o desenvolvimento das crianças
- Os pais que brincam são melhores pais e isso é uma verdade indiscutível
- A ideia de que dirigir o tempo apenas para o desempenho académico é mais útil e proveitoso no futuro é completamente errada, perversa e prejudicial para as crianças
- A partilha de prazer é essencial para uma infância saudável e o suporte para um percurso de sucesso A única forma de termos pais e filhos felizes é através das brincadeiras e dos tempos que passam juntos. Isso tem que ser uma regra e não momentos de excepção
[Ana Brito]A minha filha Maria há sete dias que está com dores de barriga e muita fraqueza, sem conseguir estar de pé. Tem 11 anos e tudo começou com diarreia durante dois dias. Depois começou com fraqueza, dores de barriga e febres até hoje. Vivo em Londres. Já fui várias vezes ao hospital e eles disseram que ela tem que beber muitos líquidos. Só. Mais nada. Já passou uma semana e está na mesma. Queria saber se posso dar desparasitante mesmo ela estando assim.
Após uma situação de diarreia, as dores de barriga podem manter-se durante mais alguns dias. No entanto, se ao fim de uma semana o quadro não melhorar, faz sentido que a criança seja reavaliada, particularmente quando há febre associada como no caso da sua filha. Nesta situação não me parece que a causa seja um parasita, pelo que aguardaria pela resolução do quadro para dar o desparasitante.
[Marisa Ameixa]
O meu filho Tomás tem 24 meses. Constipou-se em Dezembro e desde então começou a ficar esquisito com a comida, ao ponto de, em casa, não querer comer sopa nem determinados alimentos. Já perguntei no infantário e dizem-me que ele come bem lá mas em casa não consigo convencê-lo a comer a sopa e determinados pratos. Já tentei, insisti e nada. O que posso fazer para ele voltar a comer de tudo?
Como ele come bem no infantário, parece-me claramente um problema comportamental. Assim, a solução passa essencialmente por: estabelecer um horário certo para as refeições, evitando todo o tipo de snacks (fruta, pão, bolachas, iogurte, …) entre elas, e tentar não dar alternativas quando o seu filho não comer tão bem, porque se compensar com alimentos de que ele gosta mais ele acaba por fazer disso regra.