Paulo de Carvalho considera-se «realista». Tem esperança de que a Humanidade encontre um caminho como deve ser, como já fez noutras vezes em que esteve à beira do abismo. «Damos sempre a volta», considera. Mas, confessa, não tem grandes esperanças que a situação do mundo melhore num futuro próximo. «A Humanidade é levada com facilidade a fazer muitas coisas que não são as mais corretas», lamenta.
O músico, que celebra este ano 75 anos de vida e 60 de carreira, gostava que os homens aproveitassem melhor a capacidade criativa. «Os telemóveis são uma coisa maravilhosa. Na televisão vi, numa madrugada, em direto, um homem a pôr o pé na lua. Mas que uso fazemos destas coisas maravilhosas que descobrimos?».