Entre as grandes referências literárias de Ana Maria Magalhães estão os autores do século XIX. «Não quer dizer que não goste dos autores do século XX, mas sou fã dos do século XIX», diz, precisando de imediato: «O Eça de Queiroz para mim é um deus da literatura!». Gosta também especialmente de Alves Redol. É deste escritor português o “Barranco dos Cegos”, que Ana Maria Magalhães considera um dos grandes romances do século XX.
Isabel Alçada, pelo seu lado, prefere leituras mais contemporâneas. Assumindo-se fã incondicional de Philip Roth, diz gostar das suas personagens complexas. Admira de tal forma este escritor norte-americano que considera «inacreditável» ele não ter ganho o Prémio Nobel.
Ambas as autoras lêem biografias, sobretudo autobiografias. «Até de pessoas que não são escritores conhecidos. Por exemplo, as pessoas que viveram em África, os colonos», precisa Ana Maria Magalhães. «O Rentes de Carvalho é óptimo», completa Isabel Alçada.