Como é que foi a primeira viagem a Cabo Verde, terra dos teus pais?
A primeira vez que pus os pés em Cabo Verde foi ali já à beira dos 30. Foi uma experiência incrível, de uma forma que não dá para explicar por palavras. Tu sentires, só de meteres os pés no chão à saída do avião, que aquilo bate certo, que aquilo é uma parte de ti. E a partir daí comecei a sentir essa ligação como algo mais forte. É algo que realmente é inexplicável, porque, se é fixe tu ires à procura da música e das raízes, eu acho que há algo que é quase indizível, mas que se sente, que é um espírito e uma forma de estar crioula no mundo. E eu não sabia isso, não fazia a ligação, mas cada vez mais a entendo. É que é algo muito especial, muito único, que vem daquelas ilhas e tenho uma enorme gratidão por isso.