Porque é que aceitaste participar diretamente na campanha das presidenciais de 2006?
O convite foi inesperado. Nunca esperei que aquilo pudesse acontecer. Eu acho foi muito pela Joana Alegre (filha de Manuel Alegre) que, hoje em dia já tem uma carreira na música, que sugeriu ao pai. E o pai foi pesquisar e achou que era uma ideia muito fixe e então convidou-me para ser mandatário da juventude. O Manuel Alegre é uma pessoa política, como nós somos todos, só que é um poeta e é uma pessoa com uma sensibilidade muito diferente. É um escritor belíssimo. É muito fora daquilo que é o teu político normal. E, nesse sentido, para mim isso foi sedutor. Quando há pessoas que sabes que podem fazer a diferença, é natural que te tentes aproximar e juntares a elas. E foi o que fiz. Se fosse hoje provavelmente não o faria, mas não me arrependo.