Basta um toxicodependente não se infetar para já ter valido a pena». A histórica Farmácia Adriana, no centro de Coimbra, é o espelho da relevância do Programa Troca de Seringas, que tem como objetivo reduzir as infeções pelo VIH e pelas hepatites entre quem consome drogas por via injetável.
«Às vezes notamos que uma pessoa deixou de vir à farmácia, mas já por mais do que uma vez as encontrei e, com muito agrado, disseram que largaram as drogas», conta o diretor técnico da farmácia, João Gabriel Pimentel.
A relação de proximidade entre as pessoas e as farmácias é decisiva. «Não olhamos ninguém de lado, tratamos quem vem fazer a troca de seringas como um cliente normal. Isto é para o bem comum, não é só para os toxicodependentes», afirma o responsável.
Foi em 1993 que o programa chegou às farmácias. Basta entregar «duas seringas» numa farmácia e estas são convertidas num kit gratuito «completamente esterilizado e pronto a usar».
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