«O cancro é a doença crónica mais curável», assegura Luís Costa, diretor do Serviço de Oncologia do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, recorrendo ao primeiro Tratado de Oncologia, datado de 1989.
Luís Costa, terceiro convidado do podcast “Fora da Cápsula”, no âmbito dos
50 anos da ANF, em parceira com o Expresso, define duas vertentes «fundamentais» para a cura o cancro: o «tempo», crucial para o tratamento, e a «estratégia», que deve ser de fundo na área da Saúde.
«Os programas de rastreio, quando existem, têm de ser muito bem implementados e levar as pessoas a participar neles, porque, com isso, podemos ganhar muitas vidas», avisa. A título de exemplo, o diretor do Serviço de Oncologia do Hospital de Santa Maria afirma que o rastreio para o cancro colorretal em Portugal potencialmente «consegue reduzir em 18% a mortalidade» pela doença.
A presidente da ANF, Ema Paulino, reitera a disponibilidade das farmácias comunitárias para integrar a rede de rastreios a nível nacional, lembrando que estas podem ter «uma participação importante» em vários rastreios, nomeadamente no do cancro colorretal.
«A nível da vacinação existe uma palavra que é muito utilizada, que é oportunidade. A realidade em termos do diagnóstico precoce é exatamente a mesma coisa. Devemos aproveitar todas as oportunidades para sensibilizar e para convidar as pessoas para fazer os rastreios», assegura.
Nesta linha, Luís Costa reforça também os benefícios da integração das farmácias comunitárias na rede de rastreios a nível nacional, tendo em conta que a escassez de recursos no sistema de saúde.
No episódio, moderado por Renato Duarte, além do diagnóstico, há ainda espaço para discutir a prevenção do cancro e o acompanhamento do doente oncológico nas farmácias.
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