Política de utilização de Cookies em Revista Saúda Este website utiliza cookies que asseguram funcionalidades para uma melhor navegação.
Ao continuar a navegar, está a concordar com a utilização de cookies e com os novos termos e condições de privacidade.
Aceitar
29 setembro 2022

Estado de graça

​​​​​​​​Exames, análises e vacinas em cada trimestre da gravidez.​

Tags
Texto de Mariana Loureiro | Ginecologista-Obstetra,​ Hospital CUF Cascais, Hospital CUF Descobertas e Hospital ​CUF Sintra

A gravidez ​é uma époc​a especial na vida da mulher e da família. De modo geral, não necessita de grandes alterações à atividade normal, embora possa limitar um pouco a intensidade da mesma.

Idealmente, deve haver uma consulta prévia à conceção, para avaliar o estado de saúde da mulher e fazer exames simples, mas importantes, pois, no caso de se verificar alguma alteração, pode haver necessidade de tratamento prévio à gestação. Exemplo disso são eventuais lesões do colo do útero, patologia mamária, infeções, anemia ou cáries nos dentes. Para além do exame clínico, são pedidas análises pré-concecionais, como ecografia, exame mamário, consulta de estomatologia ou outros, dependendo da avaliação.

A avaliação laboratorial inicial inclui a verificação do grupo sanguíneo. No caso de ser Rh negativo, deverá levar a estudo complementar, para evitar uma incompatibilidade com o bebé numa gestação futura. Nesta consulta são igualmente prestados esclarecimentos e conselhos quanto a alimentação, hábitos e atividade ao longo da gravidez.

Após o início da gravidez, aconselha-se uma consulta entre as sete e as oito semanas, em que se confirma a idade gestacional e se programam os exames pré-natais nas datas corretas.

Numa gravidez de baixo risco em mulher saudável, realizam-se três ecografias e três avaliações laboratoriais, uma por cada trimestre. Em caso de alterações, as análises podem ser repetidas.

Após a realização da ecografia do segundo trimestre, a Direção-Geral da Saúde recomenda a vacina da tosse convulsa, como medida protetora do bebé até iniciar o seu esquema vacinal.

De acordo com a idade materna e os antecedentes da grávida, pode ser necessário realizar outros exames.

A avaliação clínica ao longo da gestação tem a periodicidade de quatro a seis semanas, até às 37 semanas, altura em que se iniciam exames de avaliação do bem-estar fetal (CTG). Desse momento em diante, até ao parto, a avaliação passa a ser semanal.

Nesta fase são indicados os sintomas e sinais de alerta que devem fazer a grávida recorrer a um serviço de urgência. É o momento em que o ginecologista aprofunda a conversa sobre o parto e o pós-parto, ajudando a grávida a perceber tudo o que será expetável acontecer, bem como a preparar-se para receber o seu bebé.​

Importa referir que o acompanhamento de cada grávida deve ser feito de forma personalizada e multidisciplinar, atendendo às suas necessidades. A frequência dos controlos médicos e exames pode ser superior caso surjam complicações, relacionadas, por exemplo, com o facto de a mãe ter diabetes ou excesso de peso, ou se a gravidez for de risco.

O acompanhamento médico tem por objetivo o bem-estar da grávida e do bebé, contribuindo para o nascimento de crianças saudáveis.
Notícias relacionadas