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2 outubro 2020
Texto de Hugo Rodrigues (pediatra) Texto de Hugo Rodrigues (pediatra)

Escola e infecções

​​​​​​As medidas de higiene reforçadas para prevenção da COVID-19 podem ajudar a afastar gripes, constipações e até piolhos.

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O ano lectivo já começou e, com ele, surgem também as doenças típicas das crianças. As mais frequentes são as infecções respiratórias e as gastrointestinais, sendo que, na sua maioria, são provocadas por vírus, principalmente em crianças pequenas. 

Dentro das primeiras, o mais frequente são as chamadas constipações, mas também as gripes, otites, amigdalites, sinusites e laringites são bastante comuns. No entanto, este ano temos um contexto novo, com medidas de protecção respiratória muito diferentes das habituais (uso de máscaras, lavagem de mãos, distanciamento físico, etiqueta respiratória), pelo que é provável que isso se vá reflectir não apenas na infecção pelo coronavírus, mas também neste tipo de infecções. E é também por esse motivo que devemos reforçar a importância dessas medidas, pois podem diminuir significativamente a transmissão de todos os vírus respiratórios. 

Em relação às infecções gastrointestinais, a mais frequente é, sem dúvida, a gastroenterite aguda. Na maior parte das vezes é causada por vírus e altamente contagiosa. Também neste caso, as medidas de higienização das mãos e superfícies podem diminuir bastante a transmissão dos microorganismos. 

Por fim, existem ainda outras doenças que, não sendo respiratórias, se transmitem também pelo contacto próximo entre crianças. Um exemplo clássico são os piolhos. Os piolhos são insectos que não voam nem saltam, pelo que só podem transmitir-se através do contacto directo com uma cabeça ou um objecto contaminado. São um problema comum e, ao contrário do que grande parte das pessoas pensa, não tem nenhum tipo de relação com falta de higiene. Podem existir sob a forma de insecto ou de ovo (lêndeas), que adere aos cabelos e é bastante difícil de remover. O mais importante é cumprir o tratamento de forma escrupulosa e utilizar de adequadamente o pente antipiolhos, para garantir maior eficácia. Também em relação a este tipo de problema, acredito que as medidas de distanciamento possam ter algum impacto, mas isso só o tempo dirá.​
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