Patrícia Brochado, Farmácia Universo (Caneças)
«Sentimos as mesmas dificuldades que os colegas do resto do país: falta de material de protecção para as nossas equipas. Já só compramos material para uso próprio, porque só conseguimos pequenas quantidades e extremamente caro. Cada máscara custa-nos mais de sete euros! Na farmácia, começámos por implementar o afastamento social, agora atendemos à porta, as pessoas não entram. Como forma de protecção, a equipa divide-se em dois turnos, metade vai de manhã, metade à tarde. Se alguém ficar infectado podemos continuar abertos. O serviço ao domicílio tem tido bastante adesão. Entregamos directamente em casa ou os utentes encomendam e vêm levantar à farmácia. As pessoas têm sido bastante compreensivas com algumas limitações que temos tido: falta de material de protecção, falta de diversos medicamentos. Houve uma semana complicada, em que não conseguíamos dar resposta a tanta afluência e tivemos de condicionar o serviço de entrega às urgências. Pedimos a compreensão das pessoas no Facebook e recebemos mensagens de carinho».