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25 março 2020
Texto de Irina Fernandes Texto de Irina Fernandes

COVID-19: ANF exige equipamentos de protecção

​​​​​A Associação Nacional das Farmácias apela a acesso a máscaras e desinfectantes e pede mão pesada contra preços especulativos.

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​Em carta enviada ao primeiro-ministro, António Costa, a Associação Nacional das Farmácias (ANF) explica que​​​​​ «as farmácias estão a funcionar em condições muito difíceis», ​com as equipas «a trabalhar sem condições de segurança, porque não conseguimos equipamento suficiente para as proteger».

«Máscaras, gel desinfectante, paracetamol, termómetros, matéria-prima para manipulados e equipamento de protecção individual desapareceram quase totalmente das farmácias», alerta a Direcção da ANF na carta.

No decurso do estado de emergência, as farmácias vêem-se confrontadas a «pagar preços especulativos» para ter acesso a estes produtos «e, mesmo assim, não conseguem adquirir quantidade suficiente» que garanta a segurança das suas próprias equipas e utentes, lê-se ainda no documento.

Manifestando colaboração no combate a preços e procedimentos especulativos de produtos como máscaras ou desinfectantes, a ANF fez chegar um dossiê de 100 páginas à Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), com uma compilação de facturas e propostas comerciais feitas às farmácias por empresas nacionais e importadoras.

Frascos de 30 ml de álcool em gel a 5€, máscaras entre 7€ e 38€, garrafões de cinco litros de desinfectante a 79€ e termómetros a 97€ são apenas alguns dos preços de aquisição com que as farmácias são confrontadas.

«As farmácias serão sempre parte da solução e não parte do enorme problema que enfrentamos», sustenta a Direcção da Associação Nacional das Farmácias.

Com vista a uma rápida normalização do mercado, a ANF recomenda às 2.750 farmácias suas associadas que pratiquem margens de comercialização até ao limite de 17,5%, aplicada a medicamentos sujeitos a receita médica comparticipados. Uma medida que pretende promover um «combate responsável e transparente» da rede no combate à pandemia.

Na Assembleia da República, durante o debate parlamentar de terça-feira, 24 de Março, o primeiro-ministro, António Costa, anunciou alguns dos números referentes a material de protecção já encomendado.

«Permito-me recordar o que li da lista de equipamentos que neste momento estão encomendados e aguardamos entrega. Botas: 381.482. Fatos de protecção: 549.837. Luvas esterilizadas: 6.813.259. Luvas não esterilizadas: 10.674.459. Máscaras com viseira: 368.397. Máscaras cirúrgicas: 17.145.762. Máscaras FFP2 e FFP3: 8.665.775. Protector de calçado: 743.575. Toucas: 1.261.492», disse António Costa.

A intervenção do Governo é necessária para alcançar a  «normalização no mercado de produtos essenciais no combate ao coronavírus», de forma a que «seja possível salvar mais pessoas e dar às equipas das farmácias condições para exercerem em segurança a sua missão de serviço público», defende a ANF.