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30 novembro 2022
Texto de Sandra Costa Texto de Sandra Costa Fotografia de Pedro Loureiro Fotografia de Pedro Loureiro Vídeo de Lucénio Carvalho Vídeo de Lucénio Carvalho

De Buarcos à Terra Nova na pesca do bacalhau

​​​​​​​​Na vila piscatória há um museu que conta a história do mar e de quem dele vivia e vive. 

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Muito antes de a Figueira da Foz ser uma estância turística, já a vila piscatória de Buarcos, a cinco quilómetros, era o centro do progresso económico e social. Na base, o mar. «Buarcos, com o antigo porto, que já não existe, foi um dos focos principais de desenvolvimento da região», explica Ana Paula Cardoso, coordenadora do Núcleo Museológico do Mar. Aqui chegavam, e daqui partiam, os barcos que navegavam entre o Mondego e o mar, as autoestradas de então. 


Ana Paula Cardoso, coordenadora do Núcleo Museológico do Mar​, e a médica ginecologista Ângela Moita

Buarcos sempre foi terra de pescadores e peixeiras, homenageados com estátuas e nas mesas dos restaurantes. Muitos deles dedicavam-se à pesca artesanal, junto à costa, de ambos os lados do Mondego, e no próprio rio. Centenas de outros aventuraram-se para as frias terras do Norte, para a «tão complexa como apetecível, porque muito rentável», pesca do bacalhau. «A faina maior», como é conhecida. Partiam em maio, para viagens que duravam meses. Muitos não chegavam a regressar. No porto de Saint Jones, no Canadá, existe um cemitério com uma ala inteiramente dedicada aos pescadores portugueses.

 ​O Núcleo Museológico do Mar de Buarcos homenageia os que viviam do mar e divulga a importância de preservar os oceanos

É possível conhecer estas estórias no Núcleo Museológico do Mar de Buarcos, criado em 2003 para «homenagear as gentes de Buarcos e todos os que trabalhavam e viviam do mar, incluindo as mulheres», diz a responsável. Lá se encontram fotografias antigas, os famosos dóris (pequenas embarcações usadas na pesca do bacalhau à linha) e uma parafernália de utensílios usados na arte da pesca. Para além da história, o museu faz questão de olhar o futuro e divulgar a importância de preservar os oceanos junto das escolas e famílias, pois como assegura Ana Paula Cardoso, «promover a literacia dos oceanos é uma prioridade».

 


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