Política de utilização de Cookies em Revista Saúda Este website utiliza cookies que asseguram funcionalidades para uma melhor navegação.
Ao continuar a navegar, está a concordar com a utilização de cookies e com os novos termos e condições de privacidade.
Aceitar
30 junho 2022
Texto de André Ribeiro Soares (farmacêutico) Texto de André Ribeiro Soares (farmacêutico)

D de ossos

​​​​​A vitamina protetora e amiga do sol.​

Tags
A vitamina D é um nutriente essencial para o normal funcionamento do organismo humano.

É indiscutível o papel desta vitamina na regulação do metabolismo ósseo, na medida em que ajuda o organismo a absorver o cálcio. Contribui ainda para o desenvolvimento muscular, promovendo um efeito positivo sobre a densidade óssea e a força muscular, o que ajuda a prevenir quedas e fraturas ósseas, sobretudo nas pessoas mais velhas.

Alguns estudos sugerem que a vitamina D desempenha ainda um importante papel na prevenção da esclerose múltipla.

Segundo o estudo da VITACOV*, cerca de 60% da população portuguesa apresenta reduzidos níveis de Vitamina D.

Nas crianças, o défice de vitamina D pode causar raquitismo, doença em que os ossos ficam moles, fracos, deformados e doridos. Uma pessoa saudável necessita de 600 a 800 unidades internacionais (UI) de vitamina D por dia.

Como em tantas outras situações, a vitamina D encontra-se disponível em alimentos, entre os quais se destacam os ovos e peixes gordos, como a sardinha, o salmão, atum ou cavala.

Outra das medidas para absorção da vitamina D é a exposição solar moderada, tendo em consideração as medidas de prevenção do cancro da pele. Estima-se que uma breve exposição solar dos braços e face corresponda à ingestão de 200 UI de vitamina por dia.

Mesmo quem cumpra as sugestões acima descritas, pode ter dificuldade em obter as quantidades recomendadas. Pessoas em unidades de cuidados continuados ou a viver em lares, pessoas com síndrome de má absorção, como a doença de Crohn, doença celíaca ou colite ulcerosa, bem como pessoas com bypass gástrico, estão identificadas como grupos de população com deficiência em vitamina D.

Para estas situações, e cada vez mais por recomendação do médico assistente, existem suplementos alimentares multivitamínicos ou com Vitamina D isolada, que permitem repor e manter os níveis recomendados. A suplementação deve ser acompanhada por um profissional de saúde, para vigiar eventuais efeitos adversos.

* O projeto VITACOV foi coordenado pelo Centro Cardiovascular da Universidade de Lisboa, em parceria com a empresa HeartGenetics, Genetics and Biotechnology, a Nova Medical School, a Faculdade de Medicina da Universidade do Porto e a plataforma BioData.pt. Este estudo clínico avaliou, entre agosto de 2020 e janeiro de 2021, 517 doentes admitidos com o diagnóstico de COVID-19, nos hospitais de Santa Maria, em Lisboa, e de São João, no Porto.
Notícias relacionadas