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6 junho 2019
Texto de Paulo Cleto Duarte Texto de Paulo Cleto Duarte

Entre Nós: Compromisso

​​​​​Queremos portugueses a viver cada vez mais anos, mais felizes e mais saudáveis.

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No início de um novo mandato, renovamos o nosso compromisso com a sociedade portuguesa.

Vamos lutar para cumprir a nobre missão que nos foi atribuída por António Arnaut: «As farmácias são a mão longa do Serviço Nacional de Saúde».

Parece-me inevitável a união de esforços de decisores políticos, gestores e profissionais de saúde.

Acredito no aprofundamento da boa articulação entre os sectores público, privado e social.

Como há 40 anos, temos de nos mobilizar em torno de objectivos de Saúde Pública e materializar um sonho: Os portugueses a viver cada vez mais anos, mais felizes e mais saudáveis.

Todos com acesso aos profissionais e às melhores tecnologias de saúde, em condições de igualdade.

Os profissionais de saúde a trabalhar em equipa, com o cidadão no centro do sistema e em primeiro lugar nas respectivas agendas diárias.

No início de um novo mandato, renovamos também a nossa forma de estar.

Cooperamos sempre com os órgãos de soberania e todas as profissões da Saúde.

Nunca nos comportamos como donos da razão, nem ambicionamos ter soluções para tudo.

Temos esperança nos próximos 40 anos do SNS porque acreditamos na vontade de agregação das instituições da República.

Acreditamos que podemos alcançar ganhos reais na saúde dos portugueses porque estamos seguros de que os profissionais vão evoluir como equipa.

A Assembleia da República é hoje fiel depositária das assinaturas de 120 mil cidadãos à petição “Salvar as Farmácias, Cumprir o SNS”, de longe a maior desta legislatura e uma das maiores da nossa Democracia.

Os portugueses aderiram expressivamente porque sabem bem o que está em risco.

Compreendem que esta petição não é a mera defesa dos interesses corporativos das farmácias ou dos farmacêuticos.

Muitos já sentiram na pele o encerramento maciço de serviços de saúde, escolas, correios e caminhos-de-ferro.
 
Os cidadãos que resistem nas terras onde já fechou a extensão de saúde, ou que o médico só consegue visitar uma vez por semana, recorrem à farmácia como ponto de socorro.

Afastar as farmácias dessas pessoas seria uma traição aos princípios fundadores do Serviço Nacional de Saúde.

As farmácias podem levar o SNS onde ele tem cada vez mais dificuldade em chegar.

Sempre que isso for clinicamente adequado, estamos prontos para dispensar os medicamentos a doentes oncológicos e com VIH-sida, libertando-os de viagens desnecessárias pelo país.

Já demos provas, em Loures, de que somos capazes de aumentar a cobertura vacinal contra a gripe, reduzindo a mortalidade, o absentismo e a exposição gratuita dos serviços de urgência.

Somos capazes de formar as nossas equipas para pôr no terreno quaisquer programas de apoio aos idosos e doentes crónicos, como fizemos com grande sucesso no caso dos portadores de ostomias.

Temos condições únicas para implementar programas de proximidade nas farmácias que servem as populações mais isoladas.

Não nos cabe, contudo, prescrever os serviços que podemos dispensar aos portugueses.

É o momento da Assembleia da República e do Governo passarem das palavras aos actos, tomando as medidas que considerem adequadas.

Cabe aos senhores deputados encontrar o modelo de farmácia que melhor responde às necessidades dos eleitores.

E cabe ao Governo decidir a rede de farmácias concreta a que os portugueses têm direito.
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