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23 julho 2018
Texto de Paulo Cleto Duarte Texto de Paulo Cleto Duarte

Entre Nós: O contributo das farmácias

​​​​​Paulo Cleto Duarte reforça o papel importante que têm.

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Realizou-se recentemente a Convenção Nacional da Saúde, um debate nacional sobre o presente e o futuro da Saúde em Portugal.

Melhores cuidados, acessibilidade, novas tecnologias, financiamento, evolução demográfica, entre outros, foram temas centrais desse debate.

Tivemos oportunidade de transmitir na Convenção a visão das farmácias sobre o sistema de saúde, as suas debilidades e o seu futuro.

Retomo agora, para os leitores da Farmácia Portuguesa, o tema da nossa intervenção.

Os portugueses querem mais e melhor saúde. 

Portugal precisa de mais e melhor saúde.

A saúde é um dos factores essenciais de coesão social, de desenvolvimento económico, de inovação e desenvolvimento, de atracção de investimento e de produção científica.

O nosso sistema de saúde, integrando e articulando o sector público, privado e social, precisa de mais investimento público, aproximando-se dos 6,5 por cento do PIB nacional.

O nosso sistema de saúde precisa de criar condições para atrair e reter os melhores profissionais de saúde e para promover uma maior e mais estruturada participação dos cidadãos, de cada um de nós, promovendo a saúde e prevenindo a doença. 

As pessoas têm de ser colocadas no centro do sistema e das suas preocupações.

O nosso sistema de saúde precisa de mecanismos mais transparentes e mais equitativos de contratualização, procurando mais eficiência e mais resultados em saúde, promovendo o trabalho em conjunto e garantindo que cada euro de investimento tem o retorno esperado.

A par da necessidade de maior investimento, podemos e devemos fazer mais e melhor com os recursos actuais.

Mas é indiscutível que sem mais investimento, compromisso de todos com resultados, objectivos e metas concretas em saúde, corremos o risco de, gradualmente, peça a peça, ver ruir um dos principais activos do nosso país, o Serviço Nacional de Saúde.

É necessária uma visão de longo prazo, de estabilidade, de investimento e de avaliação dos resultados.

Não podemos aceitar um sistema de saúde que desprotege o Interior e os que vivem com mais dificuldades.

Não podemos aceitar um sistema de saúde que responde a duas velocidades, garantindo equidade e qualidade de acordo com a condição social ou com a zona em que residimos.

O cluster da saúde, pelo seu lado, tem de mostrar que as pessoas estão definitivamente no centro dos seus objectivos e da sua acção.

Precisamos de mais política de saúde e de mais saúde na política, num compromisso abrangente de médio e longo prazo.

A ambição de conseguir definir uma agenda, objectivos concretos e uma dimensão de financiamento para a próxima década é possível e necessária.

Os portugueses não nos perdoariam se amanhã cada um de nós perdesse esta visão de conjunto, focada exclusivamente em procurar a melhor solução para cada desafio, para cada pessoa, para cada doente.

As farmácias e as suas organizações representativas lutam permanentemente por este objectivo.

Os doentes são o centro das nossas preocupações e da nossa actividade.

As farmácias, numa relação de complementaridade cada vez mais estreita com o Serviço Nacional de Saúde e de cooperação com todos os parceiros da saúde, querem continuar a ser a rede de cuidados de saúde mais próxima dos portugueses.

É este o nosso contributo para que os portugueses tenham cada vez mais acesso equitativo a melhores cuidados de saúde.
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