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17 abril 2020
Texto de Rita Leça Texto de Rita Leça

COVID-19: Farmácias apoiam controlo de preços

​​​​​​​​«Primeiro temos de resolver a crise da população, só depois a das farmácias», defende presidente da ANF.

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A Associação Nacional das Farmácias (ANF) apoia a fixação pelo Estado de uma margem máxima de comercialização das máscaras e outros produtos de prevenção do contágio pelo novo coronavírus. 

«Todas as medidas favoráveis à protecção da população merecem a adesão sem reservas das farmácias portuguesas», reage Paulo Cleto Duarte, presidente da ANF.

«A maioria das farmácias, na prática, já está a adoptar margens inferiores ao limite fixado pelo Governo. Muitas estão mesmo a revender esses produtos ao preço de aquisição, juntando apenas o IVA, sem qualquer lucro próprio», explica Paulo Cleto Duarte, acrescentando que «infelizmente nem todas o podem fazer».

Neste momento, 24% das farmácias enfrentam processos de penhora e de insolvência. «Esta epidemia apanhou a nossa rede numa situação de crise económica, mas não de valores. Primeiro temos de resolver a crise sanitária que ameaça a população, só depois a crise das farmácias», defende o presidente da ANF.

O Governo definiu um limite máximo de 15% na percentagem de lucro na comercialização de máscaras, álcool, gel desinfectante e outros equipamentos de protecção individual contra o COVID-19. 

Estes eram produtos de preço livre, mas as farmácias anteciparam a sua regulação. A 24 de Março, a ANF recomendou às suas associadas uma margem máxima de 17,5%, igual à margem legal dos medicamentos sujeitos a receita médica, que é a mais baixa da Europa. 

A ANF escreveu então ao primeiro-ministro pedindo medidas para «restabelecer o fornecimento de matérias de protecção aos utentes e às equipas das farmácias a preços normais de mercado». 

Ao mesmo tempo, a ANF fez chegar à ASAE centenas de denúncias relativas a propostas de comercialização apresentadas às farmácias com preços 100% a 1.000% superiores aos praticados antes da pandemia.