O World Pharmacy Council (WPC) aconselha os governos a incluir as farmácias comunitárias no planeamento das respectivas campanhas de vacinação contra a COVID-19.
Em
comunicado, o presidente do WPC sublinhou que «No caso das vacinas que possam ser administradas em locais de prestação de cuidados de saúde primários, as farmácias comunitárias devem fazer parte integral da estratégia de vacinação de cada país».
George Tambassis recorda ainda que as farmácias da maioria dos países-membros já têm um papel alargado na administração de vacinas contra a gripe sazonal e outras doenças. «O envolvimento das farmácias [na vacinação contra a COVID-19] vai salvar vidas e acelerar a recuperação económica, ao diminuir o tempo necessário para atingir a cobertura populacional ideal», remata.
O WPC apresenta uma série de razões que levam a organização a acreditar que as farmácias devem ter uma intervenção activa na administração das vacinas contra o vírus SARS-CoV-2. Entre elas, destaca-se a boa distribuição e a acessibilidade das redes de farmácias, que permite chegar a todas as camadas da população, incluindo aquelas que, de outra forma, não seriam vacinadas.
No mesmo texto, o WPC descreve os farmacêuticos como profissionais de saúde qualificados e preparados para uma administração segura, rápida e optimizada, mesmo nas situações em que sejam necessárias segundas doses.
«O actual papel das farmácias comunitárias nos programas de vacinação traduz-se em protocolos estabelecidos, mecanismos de registo e canais de comunicação bem implementados», complementa o comunicado.
A organização salienta que as farmácias dos Estados Unidos da América já foram autorizadas pelo governo a encomendar e administrar vacinas COVID-19 a pessoas acima dos 3 anos. «Os outros países devem seguir este exemplo, para garantir uma cobertura vacinal rápida e eficiente», pode ler-se no documento.
«Por todo o mundo, os farmacêuticos comunitários estão preparados para fazer parte do desafio de vacinação em 2021, tal como têm tido um papel insubstituível na continuidade dos cuidados de saúde e na gestão da pandemia em 2020», conclui a declaração.
