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9 outubro 2020
Texto de Carlos Enes Texto de Carlos Enes

So simple!

​​​​Países desenvolvidos mobilizam farmácias para vacinação.​

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​Os governos dos países mais desenvolvidos do mundo mobilizaram os farmacêuticos comunitários para as campanhas públicas de vacinação contra a gripe sazonal e da futura vacina contra a COVID-19.

Na Irlanda, o Governo decidiu reforçar o investimento público na vacinação em farmácias. «Os farmacêuticos trabalharam de forma incrível para cuidar da população durante esta pandemia. A administração da vacina será outra parte crucial desse trabalho», anunciou o ministro da Saúde irlandês, no dia 1 de Setembro. A vacina será gratuita para os grupos de risco, tanto nos cuidados primários como nas farmácias. «Vamos entrar num período de Inverno desafiante, é imperioso limitar o impacto da pandemia sobre os serviços de saúde nos próximos meses», expôs Stephen Donnelly. Para o governante, «o custo não pode ser uma barreira para os doentes mais vulneráveis».

Todos os irlandeses maiores de 65 anos são livres de escolher o farmacêutico comunitário ou o médico de família que os vai vacinar contra a gripe, assim como os doentes de risco a partir dos 13 anos. Também as crianças saudáveis, dos dois aos 12 anos, podem receber a vacina nasal junto dos mesmos profissionais de saúde. As farmácias já recebiam 15€ por cada vacina administrada, mas o Governo decidiu reforçar esse investimento em 67%: vai pagar 100€ extra por cada dez pessoas dos grupos de risco imunizadas.

As farmácias vacinam contra a gripe na generalidade dos países mais desenvolvidos do mundo, como Inglaterra, França, Suíça, Canadá, Estados Unidos e Austrália. O governo britânico chamou os farmacêuticos comunitários a vacinar em massa os idosos internados em lares, assim como os profissionais que lhes prestam assistência. Boris Johnson pretende lançar «a maior campanha de vacinação da História», num investimento de 3,25 mil milhões de euros. As vacinas gratuitas vão ser estendidas a todos os cidadãos a partir dos 50 anos, assim como às crianças do ensino primário até ao 7.º ano. «É uma missão crítica proteger o Serviço Nacional de Saúde (SNS) este Inverno», declarou o secretário de Estado Saúde inglês. «Se é elegível para obter uma vacina gratuita, recomendo que o faça, mesmo que seja a primeira vez», apelou Matt Hancock.
 
Nos Estados Unidos, as farmácias vão vacinar a população assim que a primeira vacina contra o novo coronavírus esteja aprovada. O governador do Estado de Nova Iorque, Andrew Cuomo, adicionou a COVID-19 à lista de doenças para as quais os farmacêuticos estão autorizados a vacinar a população. De acordo com um estudo do governo federal, o envolvimento das farmácias, numa situação de pandemia, permite antecipar em sete semanas a imunização de 80% da população. «A pandemia de H1N1 de 2009 deixou-nos a lição, crítica, de que as farmácias e os farmacêuticos desempenham um papel insubstituível nas campanhas de vacinação», reagiu Mike Duteau, presidente da Associação de Farmácias Comunitárias de Nova Iorque.

Em França, o comité científico nomeado pelo Presidente Emmanuel Macron para coordenar o combate à pandemia também recomenda o recurso às farmácias comunitárias assim que uma vacina para a COVID-19 esteja disponível. «A campanha de vacinação deve ser realizada com a maior proximidade possível à população», argumentam os peritos.

A Vaccines Europe, grupo especializado em vacinas da Federação Europeia de Indústrias e Associações Farmacêuticas (EFPIA), apresentou alguns resultados sobre a vacinação contra a gripe no hemisfério Sul. No Brasil, a participação das farmácias permitiu alcançar uma imunização de 90,7% dos idosos e de 75,5% dos profissionais de saúde. Nas contas do Ministério da Saúde, foram vacinados 18,9 milhões de pessoas com mais de 60 anos e 3,8 milhões de trabalhadores dos serviços sanitários. Na África do Sul, metade das vacinas foram administradas nas farmácias. Na Austrália, os farmacêuticos aumentaram em 12% a imunização da população adulta.





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