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31 julho 2020
Texto de Sandra Costa Texto de Sandra Costa Fotografia de Pedro Loureiro Fotografia de Pedro Loureiro Vídeo de Nuno Santos Vídeo de Nuno Santos

À mesa na Bairrada

​​​​​Não podem faltar a comida simples, mas farta, e o bom vinho.

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​Na Bairrada come-se bem e sabe-se receber. A prova é o sucesso dos restaurantes da região. «Os bairradinos vivem com alegria em torno do trabalho e da mesa», resume Maria Manuel Silva, directora da Farmácia Termal, na Curia. O leitão à moda da Bairrada é o mais conhecido, mas a região é prodigiosa noutros pratos, como a chanfana, os rojões ou o cozido à portuguesa. A cozinha da região é simples, baseada em alimentos de qualidade, servidos em quantidades generosas. A doçaria tradicional da Bairrada traduz essa simplicidade: o arroz-doce, a aletria, o folar. A excepção são os folhados. Ficaram famosos os “Amores da Curia”, um mil folhas com forma de coração, doce de ovos e açúcar em pó. Maria Manuel Silva acredita que a influência para esta doçaria mais requintada vem do Curia Palace Hotel, onde durante muitos anos a carta de mesa era essencialmente francesa. 

Numa mesa bairradina não pode faltar o vinho. «Bebe-se vinho à mesa sempre; não é um luxo, é um alimento». Os vinhos da Bairrada ganharam qualidade nas últimas décadas e são cada vez mais conhecidos a nível nacional e internacional. «O reconhecimento permitiu um aumento do valor dos produtos, um melhor marketing e o recrutamento de melhores enólogos», avança a professora da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra. A Bairrada tem grande diversidade de vinhos, mas é sobretudo conhecida pelo vinho tinto monocasta (Baga), «muito taninoso», e pelo espumante, «um dos melhores do mundo». 

O sector vinícola tem grande importância económica na região. Há várias adegas cooperativas e caves na Anadia, Mealhada, Sangalhos e Oliveira do Hospital, e produtores «com qualidade excepcional». Um exemplo é a adega Campolargo, uma «casa de lavrador» onde se faz vinho há três gerações. São 160 hectares em duas propriedades: São Mateus e Vale de Azar. Todos os anos as vindimas começam em meados de Agosto e estendem-se até meio de Outubro, explica a enóloga, Raquel Carvalho.

Campolargo é o chapéu de várias marcas, todas elas ligadas aos locais onde o vinho é produzido: Vale de Azar, Entre II Santos, Vinha da Costa, etc. «Não são nomes de fantasia, têm a ver com a nossa terra», diz com pragmatismo Carlos Campolargo, um dos quatro proprietários. A adega produz vinhos brancos, tintos, rosés e espumantes. A proximidade do mar e o solo calcário da Bairrada favorecem os vinhos brancos e os espumantes, e criam condições extraordinárias para produzir vinhos com uma acidez «brilhante», explica o produtor. A adega produz espumantes desde 2004, que representam 30% da produção. «A Bairrada é uma terra de espumantes», afirma, e o segredo é maximizar o tempo de estágio em cave, que às vezes chega a 13 anos. «Quanto mais tempo, melhor o vinho fica». 

Para conhecer mais desta história, peça a #RevistaSaúda deste mês na sua farmácia.

 


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