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2 março 2023

Vacinas do recém-nascido

​​​​​​​Saiba quais devem ser administradas até aos 28 dias de vida.​

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É doloroso para os pais enfrentar o momento da vacinação dos filhos, mais ainda no caso das vacinas que têm de ser tomadas até aos 28 dias de vida. Os bebés nascem imunes a muitas doenças, através dos anticorpos que recebem da placenta da mãe. Mas esta imunidade vai desaparecendo durante o primeiro ano de vida, deixando-os expostos a infeções. O sistema imune dos recém-nascidos é frágil, pelo que, se adoecem nesse período, a probabilidade de terem várias complicações graves é grande. Por isso é tão importante administrar vacinas aos bebés: permitem a manutenção da imunidade a muitas doenças, à medida que vão perdendo os anticorpos recebidos da mãe.
 
Os recém-nascidos podem fazer duas vacinas:
  • Vacina contra a hepatite B (VHB). Vacina inativada que protege contra a hepatite B, infeção no fígado que pode ter formas graves e evoluir para cancro. Deve ser administrada na perna do bebé antes de sair da maternidade. Habitualmente não se associa a reações locais relevantes. É muito importante porque protege contra a transmissão vertical: se a mãe for portadora do vírus, o bebé fica protegido.
  • Vacina contra a tuberculose (BCG). Trata-se de uma vacina viva atenuada que protege contra formas graves da tuberculose. É aplicada numa dose única, no braço direito do bebé. Pode surgir uma reação inflamatória local até dois meses após a toma, com pus, ferida e crosta, ficando a cicatriz clássica no braço. Essa lesão cicatriza sozinha e não requer tratamento. Desde 2017, deixou de ser administrada a todas as crianças logo após o nascimento. É administrada apenas a crianças integradas em grupos de risco, como famílias com alto risco para tuberculose ou que vivem em regiões com alta taxa de incidência da doença.

É sempre melhor prevenir uma doença do que tratá-la. Nesse sentido, as vacinas são uma potente arma de defesa contra doenças infeciosas que podem causar complicações graves, sequelas ou até a morte. As vacinas têm tido um enorme sucesso, poupando anualmente até oito milhões de vidas no mundo.

O Programa Nacional de Vacinação (PNV) português é universal, gratuito, acessível a todos, e protege contra 13 doenças distintas. A maioria está quase erradicada (difteria, sarampo, rubéola) ou controlada (tétano, doença grave por meningococo C e Haemophilus influenzae b, tosse convulsa, hepatite B e papeira).
Vacinar os recém-nascidos é o primeiro passo para garantir a sua proteção e evitar que possam contrair doenças. Se está para breve o momento do nascimento do seu filho, é importante informar-se: conh​eça as vacinas disponíveis e o por- quê da sua utilização. Daí em diante, mantenha o seu acompanhamento regular, aconselhando-se com o pediatra sobre estas e outras vacinas extra-PNV.

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