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24 junho 2024
Texto de Teresa Oliveira | WL Partners Texto de Teresa Oliveira | WL Partners Fotografia de Ricardo Castelo Fotografia de Ricardo Castelo

Vacinado no Dia de Todos os Santos

​​​​​Quim do Grémio, como é conhecido em Ronfe, foi vacinado na Farmácia de Ronfe a 1 de novembro.​

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Joaquim Machado, conhecido na vila como Quim do Grémio, estava habituado a ser vacinado contra a gripe no local de trabalho e, quando se reformou, no centro de saúde. Era motorista, profissão que exerceu numa das muitas unidades industriais que marcam a paisagem dos arredores de Ronfe. Escolheu a farmácia porque «foi mais rápido marcar», conta: «Tinha falado no posto médico e só me davam a vacina dali a cerca de um mês». Para seu espanto, na farmácia acabou por ser vacinado no dia 1 de novembro. «Não haverá engano?» – diz que pensou, com estranheza – «um feriado nacion​​al? É o dia do pessoal ir ver os entes queridos». Quando chegou à farmácia, «estavam quase à minha espera, foi só encostar o braço e vamos a andar», conta. «Fiquei todo contente da vida!».


A demora no centro de saúde levou Joaquim Machado, conhecido como Quim do Grémio, a escolher a farmácia para se vacinar

Um grande esforço organizativo e a vacinação em horário alargado foram o segredo do sucesso da Campanha de Vacinação Sazonal do outono-inverno 2023-2024 contra a gripe e a COVID-19 na Farmácia de Ronfe. A farmácia, que serve a vila com o mesmo nome, fica situada na movimentada Estrada Nacional 206, que faz a ligação entre as cidades de Guimarães e de Vila Nova de Famalicão.


O planeamento foi crucial para não perturbar o funcionamento habitual da farmácia

«O processo de vacinação correu bem e envolveu toda a equipa», refere a diretora técnica da farmácia, Alberta Afonso. Foi feito «um planeamento semana a semana, dia a dia», para que o processo de vacinação decorresse de forma ágil e não comprometesse o normal funcionamento da farmácia. Apesar de ser um trabalho «muito pesado» – considera – «o mais difícil não foi a vacinação propriamente dita, foi o planeamento que tivemos de fazer». Houve dias em chegaram a administrar 60 vacinas, «30 pessoas de manhã e 30 à tarde», recorda a diretora técnica.

No início do processo, a adesão não foi muita. «Nessa fase, a população-alvo não tinha conhecimento de que ia ser vacinada na farmácia», adianta. Apesar de ao balcão transmitirem a informação, sentiam «alguma resistência» dos utentes até estes receberem uma SMS explicando que as duas vacinas os aguardavam na farmácia. Nesse momento acorreram em grande número, «pensando que iriam ser vacinados de imediato». Ultrapassados os ajustes iniciais, a Farmácia de Ronfe teve «a agenda sempre cheia e o cuidado de fazer as marcações tendo em conta que cada dose de vacina contra a CO- VID-19 dava para seis utentes», explica Alberta Afonso.


O horário alargado foi uma mais-valia da farmácia, localizada numa zona industrial

No início sentiu-se algum «desconforto», confirma Soraia Pinheiro, outra das farmacêuticas que administrou as vacinas. «Sabemos que era uma novidade para as pessoas e também foi uma novidade para nós vacinarmos tanta gente». No final da campanha, está convicta de que a estranheza inicial deu lugar à satisfação: «Sem dúvida, os utentes ficaram com uma opinião positiva», e lembra que «muitas pessoas disseram “eu nem senti nada”, e isso é ótimo também».
 
A Farmácia de Ronfe estabeleceu dois momentos diários de vacinação, que serviram utentes com um perfil diferente. Entre as 9h00 e as 13h00, vinham pessoas mais idosas, que «queriam ir para casa almoçar», descreve Alberta Afonso. Já à tarde/noite, entre as 18h00 e as 21h00, a farmácia era mais procurada por «população mais ativa, pessoas que trabalham ou então idosos acompanhados dos filhos».


As três farmacêuticas responsáveis pela administração de vacinas estão prontas para a próxima campanha

Eduarda Martins, a terceira farmacêutica envolvida no processo de vacinação, relembra que ouviu de muitos utentes o comentário de que a vacinação nas farmácias era «mais prática». Nesta vila localizada em pleno Vale do Ave, «numa zona de indústria, em que as pessoas trabalham por turnos», o horário alargado que a Farmácia de Ronfe estabeleceu permitiu «mais facilidade em vir à farmácia do que ao centro de saúde, quer para serem vacinadas, quer para acompanharem familiares». Muitas pessoas gostaram porque – diziam – «é mais fácil ir à farmácia, tem um horário mais alargado, até ao fim de semana», acrescenta Soraia Pinheiro.

Apesar do esforço adicional, quer de si próprias, quer dos restantes elementos da equipa, não esmoreceu a vontade de continuar a prestar este serviço essencial. «Para o ano cá estamos», anuncia a diretora técnica.​

 

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