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30 junho 2023
Texto de Sandra Costa Texto de Sandra Costa Fotografia de Mário Pereira Fotografia de Mário Pereira Vídeo de João Lopes Vídeo de João Lopes

TRAg: «As farmácias superaram-se»

​​​​​​​​​​​​​Estudo comprova sucesso da participação das farmácias na testagem massiva à COVID-19.

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Durante a pandemia de COVID-19, as farmácias superaram-se e ajudaram os portugueses a superar a pandemia. 13 milhões de testes é mais um contributo que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) fica a dever às farmácias portuguesas», afirmou o ministro da Saúde. Manuel Pizarro falava no encerramento da sessão de apresentação do estudo que avaliou o impacto para a sociedade da integração das farmácias comunitárias na prestação do serviço de TRAg (Testes Rápidos de Antigénio) de uso profissional para diagnóstico da COVID-19. As conclusões do projeto de investigação, implementado pelo CEFAR - Centro de Estudos e Avaliação em Saúde, da Associação Nacional das Farmácias (ANF), foram apresentadas a 15 de dezembro, em Lisboa.

A experiência revelou-se um sucesso e abre caminho à participação da rede de farmácias noutros campos, em parceria com o SNS. «Inspira-nos a utilizar a capilaridade da rede e a sua proximidade às pessoas, para prestar novos serviços de saúde aos portugueses», afirmou Manuel Pizarro. Já este ano, as farmácias vão ser envolvidas na renovação automática da prescrição de medicamentos para as doenças crónicas e dar continuidade à distribuição em proximidade de medicamentos hospitalares, iniciada durante a pandemia.


O exemplo dos TRAg «inspira-nos a utilizar a capilaridade da rede e a sua proximidade às pessoas, para prestar novos serviços de saúde aos portugueses», afirmou Manuel Pizarro

A presidente da ANF reiterou a disponibilidade da rede de farmácias para abraçar estes e outros desafios. «Há outras áreas de atividade que as farmácias já desenvolvem e podem vir a desenvolver, até estabelecendo protocolos com o SNS, de forma que as pessoas possam tratar dos seus problemas de saúde diretamente na farmácia comunitária, reduzindo a pressão sobre os cuidados de saúde primários e as urgências hospitalares», defendeu. Para Ema Paulino, a avaliação da intervenção das farmácias na testagem massiva à COVID-19 comprova que «a capilaridade e a competência das equipas das farmácias permite prolongar o braço do SNS».

Na mesa-redonda que se seguiu à apresentação do estudo, com a participação de representantes da Câmara Municipal de Lisboa, Direção-Geral da Saúde, Escola Nacional de Saúde Pública, Grupo de Ativistas em Tratamentos (GAT) e Infarmed, foram apresentados exemplos de experiências da participação das farmácias em programas de saúde, em áreas como o VIH-sida e hepatites, e direcionados a públicos-alvo específicos, como a população idosa.


O estudo foi apresentado por Sónia Romano, do CEFAR - Centro de Estudos e Avaliação em Saúde, da ANF

A proximidade das farmácias e a confiança das populações nos farmacêuticos foram as principais causas do sucesso destas experiências, defenderam os intervenientes. As farmácias têm particular facilidade em atrair a confiança das populações vulneráveis, como idosos ou imigrantes, e podem fazer a diferença no acesso à saúde, na promoção da literacia em saúde e na precocidade de diagnósticos, contribuindo para uma medicina preventiva. O Ministério da Saúde está disponível para dar continuidade a experiências-piloto já realizadas em Portugal, envolvendo as farmácias comunitárias, por exemplo no diagnóstico de infeções do VIH ou das hepatites virais, e para replicar no nosso país a experiência de outros serviços farmacêuticos que provaram ser casos de sucesso noutros países. «São projetos que temos de ter em cima da mesa e analisar em termos de utilidade para a saúde das pessoas e do ponto de vista da relação do custo-benefício», afirmou Manuel Pizarro.

A sessão terminou com a inauguração da exposição “Farmácias contra a COVID-19 – A liberdade em segurança”, organizada pelo Museu da Farmácia.

13 milhões de testes 
Farmácias realizaram seis em cada 10 TRAg e população ficou satisfeita com o serviço.

As 1.650 farmácias envolvidas na realização de TRAg (Testes Rápidos de Antigénio), entre janeiro de 2021 e setembro de 2022, contribuíram para um maior acesso à testagem e um diagnóstico mais rápido da população, o que permitiu um isolamento mais célere e, por conseguinte, ajudou à redução do número de infeções.

O impacto da rede de farmácias fez-se sentir de forma mais acentuada junto da população mais vulnerável, isolada e envelhecida, revelou o estudo que avaliou a integração das farmácias comunitárias na prestação do serviço de TRAg de uso profissional para diagnóstico da COVID-19. 

O questionário de satisfação realizado aos utentes mostrou elevado grau de satisfação com o serviço de testagem prestado e que a farmácia é o local de eleição para a realização de TRAg.​

 
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