Quando a Farmácia Silva, em Vilamoura, iniciou o serviço de TRAg (Testes Rápidos Antigénio), em dezembro passado, beneficiou da experiência adquirida na Farmácia Miguel Calçada, na Quarteira, que também pertence à família. O piloto arrancou em agosto, com uma «procura significativa», até porque a oferta de locais de testagem durante o Verão no Algarve era muito inferior à procura. «Fomos procurados por muitos turistas, portugueses e estrangeiros, sobretudo para garantir a entrada nas unidades hoteleiras e restaurantes e as viagens», explica o proprietário, Miguel Calçada. Na terceira farmácia da família, a da Baixa, em Faro, o serviço de TRAg começou em dezembro.
A adesão das farmácias ao serviço de TRAg veio trazer «proximidade e rapidez na realização dos testes» e esses são os fatores mais valorizados pelos utentes, defende o farmacêutico. «As farmácias vieram tornar o processo de testagem à COVID-19 mais rápido. Ajudaram a reduzir as listas de espera e a encurtar os prazos de marcação». A outra grande vantagem da rede é «o número de farmácias a nível nacional e a proximidade com as populações, seja no interior, nas cidades e nas zonas turísticas».
A procura de TRAg nas três farmácias aumentou muito com a implementação dos testes comparticipados pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS), que permitia a cada cidadão fazer quatro TRAg por mês até ao final de fevereiro, e dois a partir de março. Progressivamente, as farmácias foram «afinando procedimentos». A adesão à plataforma online das Farmácias Portuguesas para agendamento de testes rápidos COVID-19 simplificou o processo e facilitou o trabalho da equipa. «O agendamento evitou aglomerados de pessoas na farmácia, o que poderia causar insegurança nos colaboradores e nos utentes».