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22 agosto 2022
Texto de Sandra Costa Texto de Sandra Costa Fotografia de Pedro Loureiro Fotografia de Pedro Loureiro Vídeo de Hugo Costa Vídeo de Hugo Costa

Quatro em cada dez testes a estrangeiros

​​​​​​Residentes estrangeiros e turistas escolhem farmácias para fazer testes à COVID-19.​

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A população estrangeira representa quatro em cada dez testes à COVID-19 realizados na Farmácia Silva, em Vilamoura. Destes, 40 % são residentes e os restantes turistas, estima o farmacêutico Miguel Calçada. A farmácia iniciou o serviço de TRAg em dezembro passado, «para facilitar as épocas festivas, Natal e passagem de ano, ajudando os utentes a cumprir as exigências em vigor na altura», explica. Desde então, até meados de abril, a farmácia fez mais de 4.500 TRAg.

Não foi por falta de procura que a Farmácia Silva não iniciou este serviço logo no verão. Em Vilamoura, os locais de testagem quase se limitavam aos laboratórios com tendas montadas na rua, reconhece Miguel Calçada. «Não começámos antes porque o serviço de testagem iria comprometer o normal atendimento dos clientes», justifica. O verão, e sobretudo agosto, é uma altura crítica para a equipa fixa de 15 pessoas. Daí a decisão de aguardar o fim do pico do movimento para iniciar a aventura da testagem à COVID-19.

Três elementos da equipa receberam formação e asseguram a realização dos TRAg. No arranque, ultrapassar o medo foi um desafio. Miguel Calçada ainda recorda bem o «desconforto inicial» face ao elevado número de casos, «famílias de quatro ou cinco pessoas, todas positivas». «Com o tempo, percebemos que as medidas de segurança implementadas eram suficientes e ganhámos confiança», afirma. Tudo tem corrido sem dificuldades e só durante as festividades de dezembro houve sobrecarga, mas a equipa conseguiu dar resposta. «Todos se envolveram e entregaram a 100%», reconhece Miguel Calçada. Da parte da comunidade, a recetividade é boa. «Trouxemos a testagem para mais perto das pessoas».


«Foi fundamental a existência de outros locais de testagem, além dos laboratórios e dos meios do SNS», considera o médico José Garcês

José Garcês não tem dúvidas: «As farmácias ajudaram muito o Serviço Nacional de Saúde (SNS) no combate à pandemia». Exemplifica com o apoio dado com o serviço de TRAg, que contribuiu para despistar os casos positivos, obtendo «resultados credíveis» e comunicando-os ao SNS. «Foi fundamental a existência de outros locais de testagem, além dos laboratórios e dos meios do SNS», sentencia o médico já reformado, que escolheu Vilamoura para viver, em 1985, no regresso de Moçambique. «Não havia lugar mais parecido com África do que o Algarve», diz com um sorriso.

O médico acompanhou com atenção a evolução da pandemia no país e no Algarve. O aumento de casos após a estadia dos turistas no verão, o declínio da onda a Sul, ainda antes do que aconteceu em Lisboa e no Porto. Sempre que José Garcês precisou de fazer um TRAg, fosse para visitar os netos, viajar, ir a um restaurante ou hotel ou realizar exames no hospital, escolheu a Farmácia Silva. Só se dirigiu aos laboratórios quando era exigido um teste PCR. «A Farmácia Silva é a mais próxima e é onde confio que vai correr bem, conheço o seu trabalho desde que existe em Vilamoura», resume.

Localização, conveniência e confiança são também os motivos que levaram Danielle Brooks a preferir a Farmácia Silva para fazer o TRAg, na véspera da viagem à Irlanda com amigos. A australiana, que reside em Vilamoura desde 1991 e adora o clima e o mar, ficou satisfeita. Como explica num português perfeitamente percetível, apesar do sotaque: «Foi muito fácil, não doeu nada e a funcionária foi muito simpática, estou muito contente».

 



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