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31 maio 2019
Texto de Nuno Monteiro Pereira (urologista e andrologista) Texto de Nuno Monteiro Pereira (urologista e andrologista) Ilustração de Mantraste Ilustração de Mantraste

Stress, sai já da nossa cama!

​​​​​​​​Em alguns casos, é aconselhável recorrer a psicólogos da sexualidade.

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A inexperiência e a novidade são as causas mais comuns de ansiedade no sexo. Levada a níveis extremos na hora da relação sexual, a ansiedade pode provocar nos homens a falha da erecção peniana ou a ejaculação prematura.

A pressão social pode ser outra causa de ansiedade. A opinião dos amigos, colegas e conhecidos, a maneira como julgam as conquistas sexuais é perturbadora para muitos homens. As redes sociais agravam o receio da opinião social, através da sobreexposição de cada um. 

O sexo está directamente ligado às experiências ao longo da vida. Dificuldades sentimentais e insucessos sexuais geram ansiedade em relações futuras. É frequente relacionamentos passados exercerem pressão em novas relações, pelo medo da comparação com imaginados desempenhos sexuais de parceiros anteriores. As experiências sexuais são o principal inimigo de muitos homens e mulheres.

Em geral, os homens são mais sensíveis do que as mulheres no que respeita ao desempenho. A crença de que o homem está sempre pronto para o sexo e tem mais desejo sexual que a mulher, não sendo inteiramente verdadeira, provoca estragos. Muitos homens exigem muito de si próprios pelo medo de não conseguir agradar à parceira. O medo de falhar na hora ‘H’ toma conta do pensamento de muitos durante o sexo, e é exactamente isso que acaba por acontecer. É a famosa ansiedade de desempenho na hora do sexo.

Outros factores de ansiedade podem ser:

  • O cansaço e o stress no trabalho. A faixa etária mais penalizada é a dos 30-40 anos. Este é um período da vida mais desafiante: casamento, filhos, maior investimento na carreira profissional, divórcio.

  • Problemas na relação. Conflitos e pouca disponibilidade do casal geram no homem situações de ejaculação prematura e, sobretudo, incapacidade para manter as erecções.

Como ultrapassar a situação? Em casos mais graves, é aconselhável recorrer ao apoio de psicólogos da sexualidade.

 Há algumas manobras e técnicas para combater disfunções sexuais:

  • A maior parte dos homens tem dificuldade em falar com as parceiras. Nada mais errado. Essa atitude só agrava o modo de encarar a relação sexual. Há que perder a vergonha. Quase sempre a parceira entende e colabora na resolução do problema. Se é uma relação estável, o nível de intimidade a dois aumenta. O diálogo é a principal arma para combater a ansiedade e as disfunções sexuais.

  • No caso da ejaculação prematura é essencial investir nos preliminares antes da penetração. Ter a noção de que deve “fazer amor, não sexo”. Explorar o corpo e as partes sensíveis da mulher é absolutamente essencial. Para os dois.

  • Pode ser útil fazer exercícios de respiração lenta e profunda, durante dois, três minutos, antes de uma relação sexual. Focar o pensamento apenas na respiração. Inspirar em três tempos até encher os pulmões e depois de segurar o ar durante alguns segundos, expirar lentamente pelo nariz até esvaziá-los.

  • ​Relaxar é a melhor maneira de viver uma relação sexual. Esquecer as preocupações profissionais, financeiras, familiares, sexuais e desfrutar a ocasião e o momento. Ter confiança no que se está a fazer. Quanto mais evitar pensar no próprio desempenho na cama, mais fácil será o envolvimento e a actividade sexual.

  • Cuidados gerais com a saúde, prática de actividade física moderada, ingestão de muita água e alimentos ricos em vitaminas e magnésio são complementos indispensáveis a uma sexualidade sem ansiedade e stress.
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