O mundo está à beira de uma segunda vaga da pandemia provocada pelo novo coronavírus.
É essa a convicção de governos, cientistas e organizações internacionais.
E, de facto, há sinais claros nesse sentido.
A palavra de ordem é a de nos prepararmos para enfrentar o agravamento da crise sanitária que aí vem.
O problema é agora ainda mais sério, porque um confinamento similar ao da primeira vaga não parece possível.
A economia também não aguentaria nova paralisação, afirmam reiteradamente os governos.
As escolas abrem e dificilmente voltarão a fechar.
As empresas retomam a laboração e dificilmente voltarão a paralisar.
Generaliza-se a ideia de que temos de viver com a COVID-19, enquanto a ciência não encontra uma solução definitiva.
A situação pode tornar-se dramática.
Cabe a cada um de nós, cidadãos e empresas, evitar comportamentos de risco.
Prevenir, prevenir, prevenir é o apelo que todos os dias é dirigido pelos governos e instituições de saúde nacionais e internacionais.
A prevenção é um processo colectivo.
Todos precisamos de aprender com as lições do longo período da pandemia que já vivemos.
Não temos desculpas. Sabemos o suficiente sobre esta doença para lhe fazer frente com mais determinação e eficácia.
A nossa responsabilidade é maior, porque não vamos ser colhidos de surpresa.
A rede de farmácias portuguesas está preparada para participar na nova fase desse combate.
A sua capacidade técnica e logística estará ao serviço do sistema de saúde e, particularmente, dos doentes, tanto ou mais do que já esteve na primeira vaga da pandemia.
Assim o sistema de saúde queira utilizar essa capacidade.
Na aproximação do SNS aos cidadãos, na vacinação, na distribuição de medicamentos hospitalares, no combate às doenças crónicas, na adesão à terapêutica, na entrega de medicamentos ao domicílio, no serviço de turnos e em tantos outros serviços, as farmácias têm uma ampla capacidade de colaboração em benefício de todos.
Estaremos a andar com a necessária rapidez nessa direcção?
O senhor presidente da Assembleia da República, em recentes declarações públicas, fez um apelo para aprendermos com os erros do passado.
Estamos de acordo com esta afirmação.
Todos fizemos coisas boas e menos boas.
O que é preciso é tirar lições do passado e caminhar mais depressa à procura das melhores soluções.
É necessária maior cooperação e articulação entre os sectores público, privado e social.
As farmácias tiveram um papel preponderante na primeira fase da pandemia, estiveram na primeira linha no combate à COVID-19, mantiveram-se em funcionamento em condições difíceis e criaram soluções inovadoras para protecção das pessoas.
Mantemos, em relação a esta segunda vaga, o mesmo espírito positivo quanto à capacidade do país resistir e vencer a crise.
O Governo conhece a nossa disponibilidade.
Com a chegada do Outono, é necessário acelerar o ritmo de preparação do país e do sistema de saúde para enfrentar a maior crise sanitária do século.
Contem com a solidariedade da rede de farmácias para a realização desse objectivo.