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29 outubro 2019
Texto de Maria Jorge Costa Texto de Maria Jorge Costa Fotografia de Pedro Loureiro Fotografia de Pedro Loureiro Vídeo de Caetano Jorge Vídeo de Caetano Jorge

Se fosse ministro

​​​​​​​Ouvir toda a gente e definir o que é uma intervenção eficaz.

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António Vaz Carneiro admite ter noção das dificuldades que enfrentam os decisores políticos. «Hoje em dia ser Ministro da Saúde é uma tarefa extraordinariamente ingrata, porque as pessoas querem tudo para hoje». 

Por isso mesmo, o presidente do Conselho Científico do Instituto de Saúde Baseado na Evidência (ISBE) defende uma metodologia de trabalho que justifique os ganhos em Saúde.

Se fosse ministro, explica que a prioridade seria juntar representantes de doentes, profissionais de saúde, hospitais públicos e privados, e seguradoras. Na agenda de trabalho, um único ponto: definição de intervenção eficaz. «Só assim os decisores políticos ficam em condições para seleccionar a inovação que vai surgindo», garante. 

Esse é um trabalho urgente, defende o investigador. «Em cinco anos, a prática clínica vai mudar radicalmente e exigir abordagens diferentes». Vaz Carneiro é lapidar na urgência da reflexão e acção. E avisa: «o país não pode continuar a absorver o que vem de fora, sem pensar por que absorve aquelas coisas».

Num país como Portugal a gestão dos recursos disponíveis deve ser criteriosa, sublinha. E exemplifica: «ao optar por comprar um medicamento do cancro, deixa de se poder adquirir uma ambulância». Os recursos são limitados e a escolha é política – mas deve ser baseada na evidência.
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