«Se me sentir realizada perco o entusiasmo para o próximo projeto», explica a atriz. «Sou uma pessoa emotiva, acho que me falta ainda fazer muita coisa, e estou sempre muito ansiosa pelo próximo trabalho. Gosto de me entusiasmar e de me apaixonar pelos trabalhos que faço, pelas coisas, pelas pessoas, por tudo», diz em entrevista à Revista Saúda.
Atriz multifacetada, o rosto tornou-se conhecido do público português ao longo de uma extensa carreira que passou pelo teatro, cinema e televisão. Foram vários os papéis que a marcaram. A começar pelo da sua estreia, na peça “Os Direitos da Mulher”, quando tinha apenas 17 anos. Mas houve muitos outros, como o de Marlene Dietrich, onde contracenou com Bibi Ferreira, «grande atriz brasileira, uma referência». E entre os mais marcantes salienta um dos que estará porventura na memória das gerações mais velhas, o da menina Cilinha, uma personagem do programa de Herman José que há quarenta anos mudou o humor e o panorama televisivo português. Em “O Tal Canal”, Helena Isabel fazia outras personagens, incluindo o de «uma locutora disparatada», mas diz ter «um carinho particular pela menina Cilinha», a filha da “Condensa” no “Diário da Marilú”, «porque era o papel que mais gostava de fazer».
Também inovadora foi a “Vila Faia”, a primeira telenovela portuguesa, considerada um desafio enorme, tendo em conta a popularidade das telenovelas da brasileira Globo em Portugal. Nesta primeira telenovela portuguesa, Helena Isabel contracenou sobretudo com o ator Ruy de Carvalho, um motivo extra para considerar a sua participação inesquecível.