Localizada no distrito de Setúbal, a cidade de Santiago do Cacém tornou-se sede de concelho em 1512, ano em que foi concedida a carta de foral por D. Manuel I. Em 1594, a vila e o castelo foram doados por D. Filipe II aos Duques de Aveiro. Em 1759, passou a pertencer à Coroa e, em 1832, definitivamente ao Estado.
«Santiago era o cavaleiro das armas cristãs durante a guerra contra os mouros e é por isso que esta terra se chama Santiago, explicava o historiador e antigo ministro da Educação, José Hermano Saraiva, no programa “A Alma e a Gente”, na RTP.
De origem moura, anterior ao século XI, o Castelo de Santiago do Cacém dá as boas-vindas a quem chega, erguendo-se numa das colinas da cidade.
«O primeiro edifício do castelo terá sido construído pelos mouros, no início do século VIII. Seguiram-se fases de conquista, reconquista e de remodelação do castelo, até que foi tomado definitivamente pelos cristãos aos mouros, no reinado de D. Afonso II, e permaneceu na posse dos cristãos. Mais de um século depois, Santiago do Cacém e um território vasto aqui à volta estavam na posse de uma princesa bizantina, D. Vataça Lascaris», explica a arqueóloga Manuela de Deus, do Centro de Acolhimento e Interpretação.
Ali ao lado, a menos de dez minutos de carro, ergue-se um outro símbolo do património da cidade: as ruínas romanas de Miróbriga. Um testemunho arqueológico que demonstra que a região foi habitada desde a pré-história.
«Aqui vemos o que era e como se organizava uma cidade romana. Podemos circular por algumas das ruas, ver como eram as casas e as lojas», conta a arqueóloga. Os visitantes, podem ainda «ver o fórum, que era o coração da cidade romana, e dois edifícios de termas que são dos mais bem conservados em Portugal», acrescenta.
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