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29 abril 2021
Texto de Maria Jorge Costa Texto de Maria Jorge Costa

Sal, vício viral

​​​​​Hipertensão é a mais mortal das pandemias.

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​Ter a tensão elevada é desleixo ou negligência, não é uma fatalidade», afirma o cardiologista Manuel Carvalho Rodrigues. É preciso cortar o sal e saber (acompanhar) os valores da tensão arterial. «Estamos a lidar com uma doença crónica não transmissível que regista a maior taxa de mortalidade e morbilidade no mundo», alerta Manuel Carvalho Rodrigues.

Para combater esta verdadeira pandemia mundial, o cardiologista sugere o trabalho entre profissionais de saúde, dos quais destaca os farmacêuticos. Muitas pessoas invocam dificuldade em marcar consultas para ir vigiando a saúde. Ora, adianta o médico: «As pessoas podem e devem fazer o acompanhamento da tensão arte- rial nas farmácias, onde não há listas de espera e os horários são alargados. Os farmacêuticos garantem acompanhamento profissional, segurança, proximidade», refere o especialista.

A complementaridade entre médicos e farmacêuticos tem sido uma experiência que o cardiologista elogia a partir da consulta aberta no Hospital Pêro da Covilhã onde quem tem problemas de tensão pode chegar sem marcação. «A maioria dos doentes que chega a esta consulta vem por conselho farmacêutico», explica.

Em todo o mundo morrem por dia 28.000 pessoas por causa da hipertensão. «É o equivalente a caírem 70 aviões, cada um com 400 passageiros». A situação é fácil de reverter: cortar o sal e manter uma dieta equilibrada, praticar actividade física, evitar álcool e não fumar.​

A hipertensão é a principal causa de doença cardiovascular e de morte prematura em todo o mundo, sendo que 40 por cento da população portuguesa é hipertensa. A tensão arterial resulta da pressão que o sangue exerce sobre as paredes das artérias. A hipertensão potencia o risco de ataques cardíacos, derrames cardiovasculares e insuficiência renal. Pode ainda causar cegueira, irregularidades do ritmo cardíaco e in- suficiência cardíaca. O risco de desenvolver estas complicações é maior na presença de outros factores de risco cardiovasculares, tais como a diabetes.
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