REVISTA FARMÁCIA PORTUGUESA: Como vê a criação do projecto-piloto SAFE, a funcionar no distrito de Bragança?
EUGÉNIA MADUREIRA: Num distrito como Bragança, pela sua dimensão e dispersão geográfica, é sem dúvida uma mais-valia para os que procuram os nossos serviços de urgência. Aos doentes é assegurado que a medicação prescrita está disponível no imediato, pelo que a continuidade do tratamento não está em causa.
Qual a pertinência das entregas ao domicílio?
A possibilidade de entrega no domicílio é um aspecto muito positivo, pois evita deslocações do doente. É mais um dos factores a favor do cumprimento da terapêutica.
Pode enumerar casos reais?
Um doente foi observado no Serviço de Urgência da Unidade Hospitalar de Bragança, foi medicado e teve alta. O familiar que o acompanhava não conhecia bem a cidade, nem sabia onde ficava a farmácia. Foi-lhe dada a hipótese de entrega no domicílio, o que lhe facilitou muito a vida. Houve também o caso da prescrição de um medicamento que não estava disponível, mas a farmácia contactou imediatamente outra e o medicamento foi entregue no domicílio, para evitar a espera do doente.